Em Salvador, capital baiana castigada por chuvas intensas e eventos climáticos extremos, o radar meteorológico instalado nas proximidades do Aeroporto Internacional está inoperante há mais de um ano. Gerido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão do governo federal, o equipamento, essencial para prever e mitigar desastres, foi abandonado por falta de recursos para manutenção. A omissão do governo Lula e do PT é um escândalo que coloca em risco a vida de milhões de soteropolitanos, especialmente em tempos de chuvas torrenciais que assolam a cidade.
Construído há anos com a promessa de reforçar o monitoramento climático, o radar permanece como um símbolo de desperdício e ineficiência. Desde setembro de 2024, segundo o Cemaden, o equipamento está desligado por “falta de contrato” com a empresa responsável pela manutenção, a Eletrocontrole Engenharia. A desculpa? Ausência de orçamento. Isso, enquanto Salvador enfrenta chuvas devastadoras que já causaram mortes, deslizamentos e destruição, como o caso trágico de novembro de 2024, quando Paulo Andrade, de 18 anos, morreu soterrado em Saramandaia. Sem o radar, a Defesa Civil não conseguiu prever a intensidade das chuvas, agravando o impacto do desastre.
O diretor da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Sosthenes Macedo, classificou a situação como “criminosa”. Ele destacou que o radar é vital para projeções de curto prazo (até duas horas), permitindo antecipar a distribuição das chuvas e evitar tragédias. “Respostas rápidas salvam vidas”, afirmou Macedo, cobrando ações que nunca chegam. Ofícios foram enviados ao Cemaden e ao governo federal, mas a resposta é sempre a mesma: não há dinheiro. Como justificar que, em um país que arrecada bilhões em impostos, um equipamento essencial para a segurança da população esteja parado?
O governo Lula, que se diz defensor do povo, revela com essa negligência uma incapacidade gritante de priorizar a segurança dos cidadãos. Enquanto o PT exalta programas sociais, ignora investimentos em infraestrutura básica que protege vidas. A licitação para contratar serviços de manutenção, segundo o Cemaden, está “em andamento”, mas essa promessa vaga não explica por que, após um ano, nada foi feito. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) tenta culpar o “sucateamento” do governo Bolsonaro, mas essa tática de desviar o foco não apaga a realidade: sob Lula, o radar continua inoperante, e Salvador sofre as consequências.
As chuvas de novembro de 2024, que acumularam mais de 500 mm em algumas áreas, expuseram a fragilidade do monitoramento climático. Sem o radar, a Codesal foi pega desprevenida, com previsões subestimadas que não refletiram a gravidade dos temporais. Sirenes de alerta não foram acionadas a tempo, e comunidades vulneráveis, como Bom Juá e Calabetão, ficaram expostas a deslizamentos e alagamentos. A tragédia de Saramandaia é um lembrete cruel do preço pago pela inação federal.
O Ministério Público Federal (MPF) sinalizou que investigará a precariedade do Cemaden, que opera com apenas 92 funcionários para monitorar 1.113 cidades no Brasil. A escassez de pessoal e equipamentos funcionais reflete a má gestão de recursos e a falta de prioridade do governo Lula. Enquanto isso, o prefeito Bruno Reis e a Codesal tentam, com recursos limitados, suprir as lacunas deixadas pela omissão federal, acionando sirenes e abrigos temporários. Mas até quando Salvador terá que depender apenas de esforços municipais para enfrentar crises que exigem ação federal?
A paralisação do radar meteorológico de Salvador é mais do que um problema técnico; é a prova do abandono do governo Lula e do PT. Em um cenário de mudanças climáticas e eventos extremos cada vez mais frequentes, deixar um equipamento vital inoperante é uma negligência inadmissível. A população de Salvador merece mais do que desculpas esfarrapadas e promessas vazias. É hora de o governo federal liberar os recursos necessários e devolver à cidade a capacidade de se proteger. Até que isso aconteça, cada chuva forte será um lembrete do descaso de quem deveria governar para o povo.
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