O vice-presidente da União Brasil, ACM Neto, expressou preocupação com a escalada da violência contra crianças e adolescentes na Bahia, destacada pelo Anuário de Segurança, que posiciona o estado como o segundo com mais mortes violentas de jovens no país. Ele atribuiu o problema não apenas às falhas na segurança pública, mas também à precariedade do sistema educacional, que deixa a juventude vulnerável ao crime organizado. “Eu vi com muita tristeza os dados. A Bahia, que é, pelo mesmo estudo, primeiro lugar no Brasil em número de homicídios, é o segundo lugar em número de homicídios de jovens. E a gente sabe que isso está acontecendo. Os jovens, infelizmente, que moram na periferia das cidades, jovens que moram no interior, estão sendo capturados pelo crime organizado, pelo tráfico de drogas, pelas facções. Infelizmente, muitos jovens com 12, 13, 14, 15 anos são usados pelo crime organizado para praticar crimes. Então, são duplamente vítimas. São vítimas porque estão morrendo e são vítimas porque são usados, têm a sua inocência roubada,” declarou Neto.
Neto enfatizou que o governo precisa atuar de forma integrada, investindo em segurança e educação para reverter o cenário. “É o quadro duro que a gente vê na Bahia e está relacionado também à baixíssima qualidade da educação pública em nosso estado. Uma coisa está vinculada à outra porque se o jovem tivesse boas escolas, se o jovem tivesse bons exemplos, se o jovem tivesse educação em tempo integral, tivesse inclusão através do esporte, tivesse oportunidade através de ações sociais concretas, não estaria nas ruas sendo vítima de assassinatos ou mesmo sendo capturados pelo crime organizado para utilizar da inocência desses jovens,” afirmou.
O ex-prefeito de Salvador reforçou seu compromisso em combater o problema, destacando a vulnerabilidade de jovens negros nas periferias. “Não há como a gente resolver o problema da segurança pública na Bahia sem olhar para a situação dos jovens, sobretudo dos jovens negros que moram nas periferias, que são, sem dúvida, as principais vítimas do crime organizado hoje em nosso estado,” finalizou. A Bahia ainda enfrenta o desafio de ter cinco das dez cidades mais violentas do país, segundo o mesmo anuário, o que intensifica a urgência de medidas eficazes.
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