A senadora Damares Alves, do Republicanos-DF, de 61 anos, revelou que foi diagnosticada com câncer de mama há aproximadamente um mês. O anúncio foi feito durante uma sessão no Senado, na quarta-feira (27), quando a parlamentar falou publicamente sobre sua saúde pela primeira vez. Segundo Damares, a identificação precoce da doença foi essencial para o sucesso inicial do tratamento. Ela passou por uma cirurgia para retirada do tumor em 31 de julho e, poucos dias depois, em 4 de agosto, já estava de volta ao trabalho no Senado.
“Vou falar publicamente pela primeira vez no Senado. Há um mês eu fui diagnosticada com câncer. Eu fui diagnosticada com câncer dia 18 de julho. Eu fiz todos os exames. Em 18 dias eu consegui fazer biópsias, ressonâncias, todos os exames... Em 18 dias eu consegui fazer a cirurgia e com cinco dias eu estava trabalhando no Senado”, declarou Damares durante a instalação de uma subcomissão temporária voltada à discussão de propostas para prevenção e tratamento de câncer.
A senadora informou que iniciará sessões de radioterapia na próxima semana, mas mantém o compromisso de continuar suas atividades legislativas. “Na próxima semana começo as sessões de radioterapia e não vou parar de trabalhar, sorrir, dar gargalhadas e lutar muito pelas crianças e pelo meu Distrito Federal”, afirmou em publicação nas redes sociais. Ela destacou a importância do diagnóstico precoce, incentivando mulheres a realizarem exames regulares. “Estou passando muito bem por todo este processo pois tive diagnóstico precoce. Assim, quero incentivar todas as mulheres a se cuidarem. Façam o autoexame, busquem fazer a mamografia. Descobrir a doença ainda no começo é fundamental para evitar complicações”, completou.
Damares também expressou gratidão aos médicos que a atenderam, Dra. Zali Neves e Dr. Sergio Zambinni, e à equipe de oncologia do hospital DH Star, em Brasília. “Destaco também que Deus me deu, aqui em Brasília, os melhores médicos do mundo”, disse. A parlamentar ainda reforçou seu engajamento em causas de saúde pública, mencionando a aprovação recente de um projeto de lei no Senado que reduz para 30 anos a idade mínima para mamografias na rede pública. “Mas não importa sua idade, se você, no autoexame, detectar qualquer alteração em sua mama, procure imediatamente um médico e peça para fazer uma mamografia”, aconselhou.
Durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos, da qual é presidente, Damares pediu para encerrar a reunião mais cedo, mencionando estar no “limite físico”. Mesmo assim, ela reiterou sua determinação: “Segunda-feira eu começo a radioterapia, mas eu já estou declarando vitória, já estou declarando que estou curada.” A senadora também agradeceu o apoio de familiares, amigos, assessores e colegas do Senado, enquanto respondeu a críticas de adversários: “E para aqueles que se autodeclaram inimigos, para aqueles que não gostam de mim e que estão fazendo os comentários mais maldosos me desejando muita dor, sofrimento e morte, lamento informar, mas não será desta vez! Bora celebrar a vida gente!”
O câncer de mama, segundo o Ministério da Saúde, é o tipo mais comum entre mulheres no Brasil, após o câncer de pele não melanoma, representando cerca de 28% dos novos casos de câncer em mulheres. A doença é mais frequente após os 50 anos, mas pode ocorrer em idades mais jovens. Sintomas como nódulos, alterações na pele, secreção anormal ou inversão do mamilo devem ser investigados. A mamografia regular, recomendada a partir dos 40 anos por sociedades médicas, ou a cada dois anos entre 50 e 69 anos pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), é crucial para a detecção precoce, que aumenta significativamente as chances de cura.
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