O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, classificou como excessiva a sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição violenta do Estado de Direito, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado. Durante o Rocas Festival, evento de luxo do setor hípico em Itu (SP), neste sábado (13.set.2025), Valdemar reconheceu a existência de um planejamento golpista, mas destacou que o golpe não se concretizou. Ele afirmou que a decisão do STF, apoiada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve ser acatada. “O Supremo tomou sua decisão, e temos que respeitá-la”, declarou ao deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP), mediador do debate.
No evento, que reuniu figuras como os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Gilberto Kassab, presidente do PSD e secretário do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, Valdemar criticou o STF por “exageros” e atribuiu a condenação ao alinhamento entre a corte e o governo Lula. Ele também expressou otimismo para as eleições de 2026, apostando na união da direita e no fortalecimento no Congresso para aprovar pautas como a anistia aos condenados pelos atos golpistas. “Precisamos de um governo de direita com o Congresso sob controle. Bolsonaro não tinha isso e dependia de emendas para aprovar projetos”, disse.
Sobre os eventos de 8 de janeiro, Valdemar minimizou a gravidade, chamando-os de “bagunça” e questionando a classificação de golpe pelo STF, embora tenha admitido um planejamento prévio. Kassab, presente no debate, reforçou seu apoio à anistia, apesar de resistências de setores bolsonaristas. Na sexta-feira (12.set.2025), ele reuniu a bancada federal do PSD, que conta com 45 deputados e três ministros no governo Lula (Carlos Fávaro, da Agricultura; Alexandre Silveira, de Minas e Energia; e André de Paula, da Pesca), mas a anistia não foi discutida. O partido defende a votação da proposta, deixando os parlamentares livres para decidir.
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