O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros “tem de acabar” e destacou a possibilidade de estabelecer uma parceria comercial com o país. Segundo ele, é essencial “separar política da economia” para reverter as sobretaxas de 50% anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que afetam as exportações brasileiras. Haddad enfatizou a importância de negociações pragmáticas para proteger o setor produtivo nacional, que enfrenta desafios com as tarifas, especialmente em produtos de maior valor agregado.
Em suas declarações, o ministro apontou que o Brasil precisa adotar uma postura madura e focada em resultados, evitando embates ideológicos. Ele destacou exemplos de outros países, como México e Argentina, que conseguiram avançar em negociações com os EUA para mitigar impactos de tarifas semelhantes. “Das economias do G20, temos sido a mais distante da Casa Branca e aquela que não tem mantido ativamente negociações bilaterais com os EUA”, observou Haddad, ecoando críticas feitas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sobre a necessidade de maior esforço diplomático do governo brasileiro.
Haddad também defendeu que a reindustrialização do Brasil, um dos objetivos do governo Lula, é diretamente prejudicada pelas sobretaxas, que encarecem as exportações e afetam a competitividade do país no mercado global. Ele sugeriu que o Brasil busque aproximação com os Estados Unidos, maior investidor direto no país, para construir relações comerciais mais sólidas e evitar perdas econômicas. O ministro acredita que, com diálogo, há “chance de parceria” que beneficie ambos os lados.
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