Gilmar Mendes elogia liderança de Barroso no STF e destaca papel de Moraes em sessão histórica

Decano do Supremo emociona-se ao reconhecer atuação firme contra ataques à democracia na última sessão de Barroso como presidente
Por: Brado Jornal 26.set.2025 às 10h40
Gilmar Mendes elogia liderança de Barroso no STF e destaca papel de Moraes em sessão histórica
Foto: Wilton Júnior/Estadão
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), emocionou-se ao discursar na sessão final presidida por Luís Roberto Barroso, na quinta-feira (25/9), antes da posse de Edson Fachin como novo presidente da Corte, marcada para segunda-feira (29/9). Em sua fala, Gilmar destacou a condução de Barroso frente aos desafios enfrentados pelo tribunal, afirmando que ele “soube responder a investidas com firmeza inabalável, mas também com a elegância, cordialidade e a urbanidade que o caracterizam e que sempre pautaram sua vida pública”.

Gilmar enfatizou a relevância histórica da gestão de Barroso, que, segundo ele, “entra para a história como a primeira vez em que um ex-chefe de Estado, ao lado de militares de alta patente, é condenado por golpe ou tentativa de golpe de Estado no Brasil”. O decano também se emocionou ao elogiar o ministro Alexandre de Moraes, a quem atribuiu um “papel singular e, sem exagero, quase ou verdadeiramente heroico” no julgamento da trama golpista que ameaçou a democracia brasileira após as eleições de 2022.

“A democracia brasileira passou incólume por mais essa prova de fogo. O Supremo Tribunal Federal, é sempre bom frisar, conduziu o processo que levou à condenação dos réus do núcleo crucial da intentona golpista com tranquilidade e de maneira absolutamente regular, com o respeito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa”, declarou Gilmar. Ele ainda destacou avanços na pauta de direitos fundamentais durante a gestão de Barroso, como a proteção ao meio ambiente, a promoção da igualdade de gênero e a defesa de minorias.

A sessão marcou o encerramento de um período que Gilmar descreveu como um dos “mais complexos” da história do STF, especialmente devido aos ataques sofridos pela Corte, incluindo tentativas de desacreditar a Justiça brasileira e submeter a soberania nacional a interesses políticos e ideológicos externos. Barroso, por sua vez, afirmou que o STF “cumpriu e bem” seu papel de proteger a democracia, apesar do “custo pessoal” aos ministros, que enfrentaram pressões e críticas por decidir questões divisivas na sociedade.


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