O ex-ministro Aldo Rebelo, que ocupou cargos nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, confirmou sua candidatura à Presidência da República em 2026 pelo Democracia Cristã (DC), um partido de pequeno porte. A plataforma de campanha gira em torno dos “4Rs”: retomada do crescimento econômico, redução das desigualdades sociais, revalorização da democracia e reconstrução da agenda de defesa nacional.
Rebelo, que presidiu a Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007, já foi ministro da Coordenação Política no primeiro mandato de Lula, além de comandar as pastas do Esporte, da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Defesa sob Dilma. Após 40 anos no PCdoB, deixou a legenda em 2017 e passou por PSB, Solidariedade, PDT e MDB. Em 2024, atuou como secretário municipal de Relações Internacionais na prefeitura de São Paulo, sob Ricardo Nunes.
Agora rompido com o PT e aproximado de posições bolsonaristas, o ex-ministro direciona duras críticas ao governo Lula e a órgãos como Ibama, Ministério Público, Ministério do Meio Ambiente, Funai e Ministério dos Povos Indígenas.“Ibama, Ministério Público, Ministério do Meio Ambiente, Funai e Ministério dos Povos Indígenas são responsáveis por parar o País, com a cumplicidade do presidente, que é quem nomeia. Ou você remove os obstáculos para o crescimento ou o Brasil não vai sair do lugar”, afirma.
Segundo ele, essas entidades “imobilizam” três pilares do desenvolvimento: agroindústria, energia e minérios.
Sobre o presidente Lula, Rebelo o descreve como “refém” do Supremo Tribunal Federal (STF). “O Brasil tem um governo sem autoridade, refém do STF e sequestrado pela sua própria fraqueza. Não conta com o Congresso para nada”, criticou. “É o governo que mais sofreu derrotas para o Congresso nas últimas décadas e que se mantém de pé porque está escorado nas decisões do STF”.Ele avalia que o Congresso tenta exercer funções do Executivo via orçamento secreto, enquanto o STF “usurpa” competências dos outros Poderes. “O Brasil precisa é reunir o poder blindado”, avaliou.
Após coordenar o programa “Caminhos para o Brasil Nosso País, Nossa Causa” no MDB, Rebelo se desfiliou para concorrer pelo DC. Será a primeira candidatura presidencial da legenda desde 1998 sem José Maria Eymael, que deixou a presidência partidária em julho.
No ano passado, Jair Bolsonaro (PL) elogiou Rebelo como “um cara fantástico” e sugeriu seu nome para um eventual Ministério da Amazônia. Com Bolsonaro preso, o ex-ministro defende anistia ampla.
“Como é que você pacifica um país? É esquecendo. Se quiser pacificar, é para anistiar todo mundo. Você não quer chegar ao governo para botar o antecessor na cadeia”, argumentou o ex-ministro, destacando que o Brasil tem coisas mais importantes para cuidar. “O País precisa reunir energias para cuidar de seu futuro. E esses problemas menores precisam ser esquecidos”, insistiu.
A pré-candidatura pode ser oficializada em evento previsto para 31 de janeiro de 2026, em São Paulo, sob a nova direção do partido, comandado por João Caldas.
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