Bento XVI pediu perdão e agradeceu a Deus em sua última carta publicada

No testamento, pontífice falou dos "muitos motivos" que tinha para agradecer por sua vida
Por: Brado Jornal 02.jan.2023 às 06h28
Bento XVI pediu perdão e agradeceu a Deus em sua última carta publicada
O então papa Bento XVI abençoa os fiéis ao passar pela Praça de São Pedro, no Vaticano, depois de audiência geral semanal, em 24 de outubro de 2012. ANDREW MEDICHINI/ASSOCIATED PRESS/AE

O papa emérito Bento XVI, que morreu no dia 31 de dezembro, em um mosteiro do Vaticano, aos 95 anos, pediu desculpas àqueles a quem “prejudicou”, segundo seu testamento espiritual publicado após sua morte.


Bento XVI, que foi o primeiro pontífice em quase 600 anos a renunciar, em vez de ocupar o cargo por toda a vida, foi eleito papa em abril de 2005, após a morte de João Paulo II.


No testamento, Bento falava dos “muitos motivos” que tinha para agradecer por sua vida.

Na carta, datada de 29 de agosto de 2006, o papa emérito agradeceu a Deus por tê-lo guiado “bem” ao longo de sua vida. Ele também expressou seu agradecimento a seus pais, que, segundo ele, lhe deram “a vida em um momento difícil”.


Ele agradeceu à irmã por sua ajuda “altruísta” e ao irmão pela “clareza de julgamento” que compartilhou com ele.


Joseph Ratzinger era conhecido por ser mais conservador do que seu sucessor, o Papa Francisco, que tomou medidas para suavizar a posição do Vaticano sobre aborto e homossexualidade, além de fazer mais para lidar com a crise de abuso sexual que tomou conta da Igreja nos últimos anos.


Na carta de 2006, o papa emérito “sinceramente” pediu “perdão” para aqueles que “prejudicou de alguma forma”.


Em suas últimas palavras, o pontífice pediu “humildemente”, apesar de todos os seus “pecados e defeitos”, que Deus o acolha no céu.


Em uma carta separada, divulgada pelo Vaticano em fevereiro de 2022, Bento XVI emitiu um pedido de desculpas geral aos sobreviventes de abuso, dizendo: “Mais uma vez, só posso expressar a todas as vítimas de abuso sexual minha profunda vergonha, minha profunda dor e meu sincero pedido de perdão”, mas não admitiu nenhum crime pessoal ou específico.


Não há indícios de que seu pedido de desculpas em sua carta final se relacione com a forma como a Igreja Católica lidou com as alegações de abuso sexual contra padres.



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