A rádio Auri Verde Brasil tem se destacado como uma voz de defesa da direita brasileira. Calma — estou falando de 2025, não de 1945.
Historicamente, durante a Segunda Guerra Mundial, existiu uma rádio chamada Auri Verde Brasil que ficou marcada como um canal de traidores da pátria. Ela atacava os heróis militares da FEB (os pracinhas) e defendia os interesses do regime nazista.
Em contraste, a Auri Verde Brasil de hoje exalta militares como se fossem o que há de mais patriótico na nação. Entre eles, aquele que jogou a direita brasileira na lama com seus conchavos e alianças incoerentes: Jair Bolsonaro.
Que fique claro — e tomem nota — não estou associando a atual Rádio Auri Verde Brasil ao nazismo. Eles não são nazistas, nem fazem apologia ao regime. Eles são apenas ignorantes.
A única semelhança inquietante entre a antiga Auri Verde e a atual é esta: o culto ao líder.
Margarida Hirschmann, jornalista paulista filha de imigrantes alemães, foi a principal locutora da rádio Auri Verde original. Ela colaborou diretamente com os nazistas, tentando manchar a imagem dos heróis da FEB e defendendo que o Brasil sequer deveria estar lutando na guerra.
Hoje, o jornalismo da nova Auri Verde se resume a exaltar seu “líder de geleia” e sabotar qualquer liderança que se levante à direita para romper com o petismo disfarçado de verde e amarelo que domina a cúpula bolsonarista.
O jornalismo independente e crítico — como o que marcou figuras como Paulo Francis, Olavo de Carvalho, Diogo Mainardi (nos tempos do mensalão) e Flávio Cavalcanti — deu lugar a uma torcida organizada que faz inveja ao Quebrando o Tabu e ao Catraca Livre.
E é preciso destacar o nível cultural dessa gente. Sem leitura, sem repertório, sem conhecimento básico de conservadorismo, liberalismo ou nacionalismo. O máximo de profundidade que conseguem atingir é:
“Precisamos defender o nosso líder pessoal.”
Pois é. De Auri Verde e do culto personalista ao líder, o Brasil já está de saco cheio.
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