PGR denuncia Zambelli e hacker por invasão no sistema do CNJ

Órgão indica que a deputada e o hacker cometeram crime de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica
Por: Brado Jornal 23.abr.2024 às 13h56
PGR denuncia Zambelli e hacker por invasão no sistema do CNJ
Lula Marques/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou a deputada federal Carla Zambeli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Segundo o G1, a denúncia é pela prática de dez crimes: sete do artigo 154-A e parágrafo 2 do Código Penal, por invasão de dispositivo informático, e três do artigo 299 do Código Penal, por falsidade ideológica.

Em 4 de janeiro de 2023, Walter Delgatti inseriu documentos falsos no sistema do CNJ, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Preso em agosto, Delgatti confessou a invasão, acusando Zambelli de ser a mandante. À PF, o hacker afirmou ter recebido 40 mil reais pelos serviços.


O indiciamento

A Polícia Federal indiciou, em fevereiro, a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Eles são suspeitos de falsidade ideológica e de múltiplas tentativas de invasão de dispositivo informático.


Documentos falsos encontrados

Segundo os investigadores, foram encontrados quatro documentos falsos nos equipamentos pessoais da Deputada.

Dentre eles, está a falsa ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, além de ordens de quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens do ministro.

As ordens foram supostamente geradas no computador do hacker e baixadas no dispositivo de Zambelli.

A ordem de prisão a Moraes foi utilizada para questionar a integridade do processo eleitoral conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido pelo ministro.

Zambelli nega sua participação, afirmando que seu relacionamento com Delgatti se resumia à contratação de seus serviços em 2022 para gerenciar seu site e redes sociais.

O hacker, por sua vez, relatou que Zambelli foi quem elaborou o texto da falsa ordem de prisão, que começava chamando Moraes de “Deus do Olimpo” e terminava com o slogan da campanha de presidente Lula: “Faz o L”.



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