Sargento Samir Carvalho busca exame para alegar uso de calmante em feminicídio com 51 facadas contra esposa

Amanda Fernandes, vítima do crime ocorrido em 7 de maio em uma clínica médica, enviou mensagens a uma amiga relatando o comportamento agressivo de Samir na véspera do assassinato
Por: Evelyn Santos 02.jun.2025 às 13h50 - Atualizado: 02.jun.2025 às 13h56
Sargento Samir Carvalho busca exame para alegar uso de calmante em feminicídio com 51 facadas contra esposa
Foto: Divulgação/ND
Em um caso que chocou a cidade de Santos, no litoral de São Paulo, o sargento da Polícia Militar Samir Carvalho, acusado de assassinar a esposa Amanda Fernandes com 51 facadas e três tiros, busca na Justiça comprovar que foi medicado sem seu conhecimento. A defesa do policial conseguiu a autorização do Tribunal de Justiça de São Paulo para realizar um exame toxicológico, que pode influenciar o andamento do processo. A data para o teste ainda não foi marcada, e os advogados aguardam o resultado para decidir se o utilizarão na defesa.

Histórico de violência e mensagens da vítima;

Amanda Fernandes, vítima do crime ocorrido em 7 de maio em uma clínica médica, enviou mensagens a uma amiga relatando o comportamento agressivo de Samir na véspera do assassinato.

“Não aguento mais o Samir. Ele está violento, acho que vai tentar me bater ou até me matar”, escreveu. Ela também mencionou ter dado um calmante ao marido sem que ele soubesse, na tentativa de controlar a situação. Amanda planejava denunciá-lo e combinou de se encontrar com a amiga na clínica, mas a amiga se atrasou.

Minutos antes do crime, Amanda enviou mensagens desesperadas: “Ele está armado, me ameaçando na frente da minha filha. Chama a polícia”. Em outra mensagem, já sem resposta da amiga, ela escreveu: “Cadê você? A polícia não chegou, minha filha está chorando”. A última mensagem foi um apelo: “Cadê você, amiga?”.

O crime e as consequências;

No dia do assassinato, Samir invadiu a clínica onde Amanda estava, disparou três tiros que atingiram a esposa e a filha de 10 anos, e desferiu 51 facadas contra a vítima, que morreu no local. A criança, ferida, ficou internada por seis dias. O sargento foi preso em flagrante e, desde então, está na condição de “agregado”, status administrativo que suspende seu salário e contagem de tempo de serviço na Polícia Militar.

O Ministério Público de São Paulo denunciou Samir, pedindo uma pena de até 70 anos de prisão e indenização à família de Amanda. O promotor Fábio Perez, responsável pelo caso, afirma que o crime foi premeditado e destaca o histórico de comportamento violento e frio do acusado.

Reconstituição e alegações;

No dia 22 de maio, Samir participou da reconstituição do crime, mas alegou à polícia não se lembrar de detalhes do ocorrido. A defesa aposta no exame toxicológico para sustentar a tese de que o calmante administrado por Amanda, sem o consentimento do sargento, pode ter influenciado suas ações. Enquanto isso, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou a brutalidade do ataque, reforçando a gravidade do caso que segue em tramitação na Justiça.


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