A insegurança tem marcado o bairro da Pituba, em Salvador, com uma série de furtos e episódios de violência que afetam comerciantes e moradores. No último sábado (31), câmeras de segurança flagraram um idoso furtando quatro cestos de roupas de uma lavanderia local, marcando o terceiro caso de furto no estabelecimento em apenas um ano. Em ocasiões anteriores, a mesma lavanderia teve cabos de cobre do ar-condicionado roubados, além de outros cestos levados por outro homem.
O proprietário da lavanderia, que preferiu não se identificar, relatou um prejuízo de cerca de R$ 1.060,00 nos dois primeiros incidentes, mas destacou que o maior impacto é a sensação constante de insegurança. “Você investe tudo o que tem, abre um negócio com o dinheiro de uma vida inteira, e vem alguém e rouba, dia após dia. A Pituba está entregue, é insuportável”, desabafou. Ele também revelou descrença na solução por parte das autoridades: “Acionar a polícia não adianta nada.”
Restaurante também é vítima
Na região próxima à Praça Ana Lúcia Magalhães, na divisa entre Pituba e Itaigara, outro estabelecimento sofre com a criminalidade. Um restaurante local, que segue funcionando normalmente, mantém seu letreiro desligado após ter os fios de energia furtados. Apesar de contar com câmeras de segurança e sistema de alarme, o local já foi alvo de três furtos em apenas três meses. Funcionários relataram que os equipamentos de segurança não têm sido suficientes para deter os criminosos.
Tiroteio na praça
A violência na Pituba também ganhou destaque com um tiroteio ocorrido na Praça Ana Lúcia Magalhães, em 25 de maio, por volta das 11h30. Segundo testemunhas, a praça estava lotada quando disparos interromperam a rotina do local. Moradores relataram que um policial à paisana interveio em uma tentativa de assalto, disparando contra um suspeito que conseguiu fugir. Durante o incidente, adultos e crianças buscaram abrigo, deitando-se no chão para se proteger.
Os episódios reforçam a percepção de insegurança na região, que, segundo moradores, vive um cenário de abandono. A sequência de crimes tem gerado medo e prejuízos, enquanto comerciantes e residentes cobram medidas efetivas para conter a criminalidade no bairro.
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