Quatro frigoríficos de Mato Grosso do Sul — JBS, Naturafrig, Minerva Foods e Agroindustrial Iguatemi — suspenderam a produção de carne destinada aos Estados Unidos, conforme informado pelo governo estadual e pelo Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul (Sincadems). A paralisação visa evitar o acúmulo de produtos não vendidos devido à tarifa de 50% imposta pelo presidente norte-americano Donald Trump, que torna as exportações economicamente inviáveis. “As carnes enviadas aos EUA demoram cerca de 30 dias para chegar aos Estados Unidos”, explicou o vice-presidente do Sincadems, Alberto Sérgio Capucci, ao G1. A produção para o mercado interno, segundo o sindicato, segue sem alterações.
Dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) mostram que, em junho, os Estados Unidos foram o segundo maior destino da carne bovina brasileira, atrás apenas da China, com 18,2 mil toneladas exportadas, gerando US$ 123,6 milhões. No total, o Brasil exportou 271,2 mil toneladas de carne bovina no mês, um aumento de 23,3% em relação a junho de 2024, com receita de US$ 1,428 bilhão, alta de 50%. No primeiro semestre de 2025, as exportações brasileiras de carne bovina totalizaram US$ 7,23 bilhões, crescimento de 27,1% em comparação com o mesmo período de 2024 (US$ 5,68 bilhões). A China liderou as compras, com 641,1 mil toneladas e US$ 3,22 bilhões (+28,2%), seguida pelos EUA, com 181,5 mil toneladas e US$ 1,04 bilhão (+102%), Chile (58,9 mil toneladas, US$ 315,5 milhões, +37,4%) e México (52 mil toneladas, US$ 276,3 milhões, +235,7%).
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