Bannon sugere deportação de Elon Musk e critica contratos com governo dos EUA

Em uma entrevista ao jornal The New York Times, Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump, defendeu a deportação do bilionário Elon Musk, dono da Tesla, alegando irregularidades em seu status de imigração
Por: Brado Jornal 06.jun.2025 às 12h06
Bannon sugere deportação de Elon Musk e critica contratos com governo dos EUA
Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

Em uma entrevista ao jornal The New York Times, Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump, defendeu a deportação do bilionário Elon Musk, dono da Tesla, alegando irregularidades em seu status de imigração. “Eles deveriam abrir uma investigação formal sobre sua condição migratória. Acredito firmemente que ele é um estrangeiro ilegal e precisa ser deportado imediatamente”, declarou Bannon. Ele também recomendou ao presidente Trump o cancelamento de todos os contratos do governo com as empresas de Musk, além de investigações adicionais sobre o empresário.

As declarações de Bannon, conhecido por sua atuação no podcast War Room e como defensor da agenda MAGA (Make America Great Again), intensificam a tensão entre Musk e Trump, que protagonizaram uma troca pública de críticas nas redes sociais na última quinta-feira. O embate começou após Musk se posicionar contra um projeto de lei republicano sobre impostos, gastos, energia e fronteira, chamando-o de “abominação repugnante” por prever um aumento no déficit público.

Conflito entre Trump e Musk

Durante um evento na Casa Branca, Trump expressou decepção com Musk, com quem dizia ter um “ótimo relacionamento” até recentemente. O presidente destacou que o bilionário conhecia o projeto de lei em detalhes e só manifestou oposição após sua saída do governo, onde atuou por 130 dias como voluntário no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). Trump sugeriu que a insatisfação de Musk estaria ligada à revogação de incentivos fiscais para veículos elétricos, o que o CEO da Tesla negou.

Em resposta, Musk usou a plataforma X para rebater as acusações. Ele negou ter conhecimento prévio do projeto e afirmou que sua crítica não estava relacionada aos incentivos para carros elétricos. Em uma série de postagens, o empresário foi além, alegando que Trump e os republicanos não teriam vencido as eleições de 2024 sem seu apoio. Musk também insinuou, sem apresentar provas, que Trump estaria ligado aos “arquivos de Epstein”, uma suposta lista de figuras públicas envolvidas em escândalos sexuais, o que a Casa Branca classificou como um “episódio lamentável”.

Escalada nas críticas

Musk também criticou as tarifas propostas por Trump, alertando que elas podem levar os EUA a uma recessão em 2025. Ele chegou a endossar um post no X que pedia o impeachment de Trump e sua substituição pelo vice-presidente JD Vance. Por sua vez, Trump usou o Truth Social para sugerir a rescisão de contratos governamentais com as empresas de Musk, como forma de economizar “bilhões de dólares”. O presidente acusou o bilionário de ter “enlouquecido” após ser afastado do governo e disse não se importar com as críticas do empresário.

Bannon, que se mantém como conselheiro informal de Trump, aproveitou o momento para reforçar suas críticas a Musk, posicionando-se como uma voz influente na base do ex-presidente. A polêmica expõe rachas no campo conservador e levanta questões sobre o futuro das relações entre o governo Trump e um dos empresários mais influentes do mundo.



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