Após a vitória por 3 a 2 contra o Ceará, no Estádio Nilton Santos, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Renato Paiva concedeu entrevista coletiva e celebrou a boa fase do Botafogo em casa. Com o resultado, o time chegou aos 18 pontos, alcançando a sexta posição na tabela, empatado com o Bahia, mas à frente nos gols pró. Paiva atribuiu o momento positivo à paciência no desenvolvimento de sua filosofia de jogo, apesar de um início desafiador na temporada.
Paciência e evolução do time
O treinador destacou a importância de tempo e treino para consolidar ideias táticas e adaptar os jogadores ao clube. “No Brasil, treinamos pouco, mas é com paciência que encontramos soluções para crescer na competição”, afirmou. Ele reconheceu que o desempenho fora de casa ainda precisa melhorar e que a equipe poderia estar melhor posicionada no Brasileirão e ter avançado com mais tranquilidade na Libertadores. Ainda assim, Paiva se disse orgulhoso do comprometimento dos atletas. “Os jogadores acreditam na nossa ideia e em si mesmos. Chegar ao topo é difícil, mas permanecer lá é o maior desafio”, completou.
Paiva também destacou o bom retrospecto em casa desde a chegada de John Textor ao clube, classificando o atual momento como o melhor início no Nilton Santos sob a gestão do americano. No entanto, ele criticou a passividade em alguns momentos do jogo contra o Ceará, apontando circulação lenta da bola e erros defensivos que resultaram nos dois gols sofridos. “Paciência é diferente de passividade. Precisamos ser mais rápidos e evitar erros evitáveis”, analisou, considerando a atuação suficiente, mas não brilhante.
Preparação para o Mundial de Clubes
Com a Copa do Mundo de Clubes se aproximando, o Botafogo estreia no dia 15 contra o Seattle Sounders, nos Estados Unidos, enfrentando também Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid na fase inicial. Paiva enfatizou a importância de manter a identidade do time. “Se tivéssemos medo, ficaríamos em casa. Vamos ser quem somos, representando o clube e o país com orgulho. Seremos ofensivos quando tivermos a bola e saberemos jogar sem ela”, declarou. Ele reforçou que a competição exige foco técnico e tático, mas a motivação dos jogadores está garantida pela relevância do torneio.
Despedida de Igor Jesus e reforços
A partida marcou a despedida de Igor Jesus, que se transferirá para o Nottingham Forest, da Inglaterra, após o Mundial. Paiva descartou preocupações com a motivação do atacante. “É a Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Não há motivação maior. Igor segue buscando o gol, como sempre fez”, afirmou. O técnico também elogiou a contratação de Montoro, ex-Vélez, destacando a antecipação do clube em trazer jovens talentos. “Montoro vem de um campeonato competitivo e precisa de adaptação, mas é uma aposta certeira. Estamos reforçando o elenco para suprir saídas e lacunas”, revelou.
Momentos marcantes e adaptação de reforços
Paiva relembrou momentos especiais à frente do Botafogo, como sua chegada ao clube e a recepção da torcida no jogo contra a Universidad de Chile, quando o time, mesmo com um jogador a menos, buscou a vitória. Sobre os reforços Santi e Mastriani, ele admitiu que lesões atrapalharam a adaptação de ambos, mas destacou sinais de evolução. “Mastriani já conhece o futebol brasileiro, e Santi está ganhando confiança. Eles estão no caminho certo”, avaliou.
Olhar para o futuro
Com a vitória sobre o Ceará e o foco no Mundial, Paiva reforçou a necessidade de consistência, especialmente fora de casa, onde o Botafogo ainda enfrenta dificuldades. “Estamos a um detalhe de virar a chave. A vitória contra o Santos na Vila Belmiro pode ser um marco”, disse. Para o treinador, o Mundial é uma oportunidade de mostrar a força do Botafogo globalmente, mantendo a essência do trabalho que vem sendo construído com paciência e resiliência.
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