Ancelotti estreia na Seleção com empate sem gols contra o Equador e defesa sólida

Brasil exibe organização defensiva, mas repete dificuldades ofensivas em jogo de poucas emoções em Guayaquil
Por: Evelyn Santos 06.jun.2025 às 11h46
Ancelotti estreia na Seleção com empate sem gols contra o Equador e defesa sólida
Foto: Reprodução de TV

A estreia de Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira, na noite desta quinta-feira (5), terminou com um empate sem gols contra o Equador, em Guayaquil, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Apesar de não empolgar a torcida, o resultado fora de casa foi considerado positivo, especialmente pela solidez defensiva apresentada pelo Brasil, que não sofria gols há quatro partidas. A falta de criatividade no ataque, porém, reacendeu críticas sobre problemas já vistos na gestão de Dorival Júnior.

Defesa segura e destaque de Alexsandro

Com apenas três treinos sob o comando de Ancelotti, sendo dois com o elenco completo, a Seleção mostrou organização tática em um 4-1-4-1 sem a bola, com Casemiro ancorando o meio-campo e os atacantes contribuindo na recomposição. O Equador, mesmo desfalcado de nomes como Enner Valencia e Gonzalo Plata, tentou explorar as laterais, especialmente pelo lado de Vanderson, mas encontrou um Brasil bem postado. O estreante Alexsandro, zagueiro do Lille, foi o grande destaque da noite. Seguro nas disputas aéreas e no chão, ele demonstrou potencial para se firmar como peça importante e abriu concorrência com Gabriel Magalhães na defesa.

Ataque pouco inspirado

Se a defesa trouxe otimismo, o setor ofensivo deixou a desejar. Organizado em um 3-3-4 com a bola, com Alex Sandro mais recuado para auxiliar na saída de bola e Vanderson avançando como ala, o Brasil teve dificuldades para criar chances. O gramado irregular e a falta de entrosamento entre meio-campo e ataque resultaram em erros de passe, domínio e finalizações. As melhores oportunidades vieram de recuperações de bola no campo adversário, como uma finalização de Vini Jr aos 21 minutos do primeiro tempo, e em jogadas individuais. A ausência de jogadores como Rodrygo, poupado por desgaste, Raphinha, suspenso, e Neymar, ainda uma incógnita para o Mundial, pesou no desempenho.

Perspectivas para o futuro

Embora o empate não tenha atendido às expectativas de uma virada imediata com a chegada de Ancelotti, o resultado foi visto como estratégico. O Equador, em estágio mais avançado de preparação, não conseguiu furar o bloqueio brasileiro, e o ponto conquistado fora de casa mantém a Seleção em posição competitiva nas Eliminatórias. Uma vitória contra o Paraguai, na próxima terça-feira, em São Paulo, pode colocar o Brasil na vice-liderança da tabela.

Esperança na era Ancelotti

Apesar das limitações ofensivas, há motivos para otimismo. A melhora defensiva, com a volta de um jogo sem sofrer gols, e a atuação promissora de Alexsandro sinalizam que Ancelotti pode construir uma base sólida. Com sua experiência em adaptar equipes a diferentes contextos, o técnico italiano tem margem para evoluir o Brasil até a Copa de 2026, mesmo com o tempo curto e os desafios herdados do ciclo anterior. A torcida, ainda marcada pela goleada de 4 a 1 sofrida para a Argentina no último jogo, mantém a esperança de que a “era Ancelotti” traga dias melhores.




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