Na noite de sábado (7.jun.2025), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro (Colômbia Humana), pronunciou-se sobre o atentado contra o senador e pré-candidato à Presidência Miguel Uribe (Centro Democrático), baleado em Bogotá. Em discurso à nação, Petro destacou a gravidade do ataque e prometeu esforços para identificar os responsáveis intelectuais pelo crime, enquanto defendeu a proteção tanto da vítima quanto do suspeito, um menor de idade.
O ataque ocorreu por volta das 17h30, durante um comício na zona oeste da capital colombiana. Miguel Uribe, de 39 anos, foi atingido por dois disparos na cabeça e submetido a uma cirurgia na madrugada de domingo (8.jun.2025). Segundo o jornal El Tiempo, o senador permanece em estado crítico. O suspeito, um adolescente de 15 anos, foi detido pelas autoridades.
Petro enfatizou a responsabilidade do Estado em proteger a vida, especialmente de figuras da oposição. “Um presidente deve zelar pela vida de seus opositores. Se eles não têm liberdade e vida, a Colômbia também não terá”, declarou. Ele reconheceu falhas nos protocolos de segurança e prometeu responsabilizar os envolvidos na proteção do senador, afirmando que “houve descumprimento claro de deveres”.
O presidente também abordou a condição do suspeito, destacando que, por ser menor de idade, ele deve ser protegido conforme as leis do país. “Cuidar das crianças é cuidar da pátria. O suspeito é uma criança, e isso nos obriga a protegê-lo”, disse Petro, reforçando a necessidade de preservar a vida de todos os envolvidos.
Apesar das diferenças políticas com Uribe, cuja família, ligada à jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991, tem histórico de oposição ao governo, Petro defendeu a liberdade política sem violência. “A política deve ser livre, e a violência não pode prevalecer”, afirmou. Ele concluiu o pronunciamento, encerrado à meia-noite, pedindo união e orações em um “momento de dor para a nação”.
As investigações agora se concentram em identificar os mandantes do atentado, com as agências de inteligência mobilizadas para esclarecer o caso. A situação expõe os desafios de segurança enfrentados por líderes políticos na Colômbia e reacende debates sobre a proteção de opositores no país.
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