O ex-presidente Michel Temer reagiu às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, durante visita à galeria de ex-presidentes no Palácio do Planalto, classificou o impeachment de Dilma Rousseff e a gestão de Temer como parte de um "golpe". Lula também apontou que a eleição de Jair Bolsonaro foi marcada por "mentiras" e criticou o fato de Temer ter assumido o cargo após o impeachment de Dilma.
Em entrevista ao jornal O Globo, Temer chamou a fala de Lula de “bobagem” e afirmou que o comentário, além de infeliz, é “divisionista”. “Não é bom, eu ontem dizia que não queria fazer comentário porque o comentário ajuda a divisão do país. Essa fala é uma fala divisionista. Foi uma infelicidade dele”, declarou o ex-presidente.
A declaração de Lula gerou um rebuliço político, especialmente entre os aliados de Temer no MDB. A crítica atingiu de cheio o partido, que ocupa três ministérios no governo Lula — Transportes, Planejamento e Cidades — e tem um papel crucial na governabilidade da atual administração. A fala do presidente colocou em xeque as relações políticas, gerando especulações sobre as possibilidades de alianças entre PT e MDB em 2026, com destaque para o governador do Pará, Helder Barbalho, como possível aliado de Lula.
Com uma base sólida, o MDB administra 855 prefeituras e, junto ao PSD, terá a governabilidade de cerca de 37 milhões de habitantes em 2025. A pressão por uma estabilidade política dentro do governo atual aumentou, e as reações à declaração de Lula podem moldar os rumos da política brasileira nos próximos anos.
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