Gilmar Mendes espera julgar inquérito sobre tentativa de golpe em 2025 para evitar impacto nas eleições

Decano do STF fala da 'gravidade' do caso envolvendo Bolsonaro e militares
Por: Brado Jornal 21.jan.2025 às 07h28
Gilmar Mendes espera julgar inquérito sobre tentativa de golpe em 2025 para evitar impacto nas eleições
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira (20) que pretende concluir o julgamento do inquérito sobre a suposta tentativa de golpe, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas, ainda em 2025. Segundo Mendes, a medida busca evitar que o processo interfira no ano eleitoral de 2026.

“Eu espero que esse processo seja julgado ainda em 2025, para que a gente talvez não tenha tumultos em 2026, quando estaremos com o ano eleitoral começado”, declarou o ministro durante entrevista ao canal Brasil Confidencial.

A Polícia Federal (PF) concluiu o relatório que indiciou Bolsonaro e outros suspeitos, acusados de planejar uma suposta trama golpista que, segundo Gilmar Mendes, tem características únicas na história recente do Brasil por envolver figuras militares.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa os autos para decidir se oferecerá denúncia formal contra os indiciados. O ministro ressaltou que, caso mais pessoas sejam implicadas, as denúncias poderão ser “fatiadas”. Mendes elogiou a qualidade do trabalho da PF, destacando que o relatório “impressiona” pela robustez das provas, incluindo registros de uma reunião ministerial em julho de 2022, considerada um ponto-chave para a Operação Tempus Veritatis.

O decano também comentou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que impediu Bolsonaro de comparecer à posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mendes sugeriu que a decisão foi tomada para evitar riscos ligados a uma possível fuga do ex-presidente.

“Não sei se foi só essa a cogitação do ministro Alexandre. Talvez ele tenha dados constantes dos autos que permitam uma avaliação mais rigorosa”, afirmou. A declaração veio após Bolsonaro criticar Moraes, chamando-o de “dono da liberdade” no Brasil e insinuando que poderia deixar o país mesmo sem passaporte.



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