O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, tiveram um encontro reservado na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. O almoço, realizado na semana passada, ocorreu sem a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou de testemunhas.
Interlocutores de ambos classificaram a conversa como “boa” e destacaram o tom pragmático do encontro. Kassab afirmou a aliados que não vê constrangimento em apoiar o governo Lula enquanto dialoga com Bolsonaro sobre temas como a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
A aproximação ocorre em meio às críticas recorrentes de Bolsonaro ao PSD, partido que integra a base do governo federal e, ao mesmo tempo, ocupa cargos na gestão paulista. Apesar das tensões anteriores, aliados do ex-presidente veem no diálogo uma oportunidade para fortalecer apoio no Congresso, especialmente na pauta da anistia.
No ano passado, Bolsonaro defendeu a saída de Kassab do governo de Tarcísio, e seus aliados criticaram o PSD pelo papel do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que não avançou com pedidos de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.
O encontro acontece semanas após Kassab criticar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamando-o de “fraco” e afirmando que Lula não venceria se a eleição fosse hoje. O gesto reforça a estratégia do PSD de manter diálogo com diferentes espectros políticos enquanto avalia seus próximos passos no cenário nacional.
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