Preso pela Polícia Federal (PF) em setembro de 2024 com dinheiro na cueca, o empresário Renildo Evangelista Lima celebrou, quatro meses depois, um contrato milionário com o Ministério da Saúde. O acordo, firmado em janeiro deste ano, prevê serviços de transporte aéreo para o Sistema Único de Saúde (SUS) na Terra Yanomami, com duração de 12 meses e um valor de R$ 15,8 milhões.
Renildo é dono da empresa Voare Táxi Aéreo e marido da deputada federal Helena Lima, conhecida como “Helena da Asatur” (MDB-RR). A parlamentar mantém proximidade com o atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), e com sua antecessora, Nísia Trindade.
A empresa Voare já fechou 17 contratos com o governo desde a posse de Helena da Asatur, totalizando R$ 610,6 milhões recebidos da União. Entre os principais clientes estão o Ministério da Saúde (R$ 164 milhões), a Funai (R$ 46 milhões) e o Ministério da Defesa (R$ 1 milhão). A Voare também foi beneficiada com isenções fiscais de R$ 11,5 milhões e obteve R$ 3,1 milhões via emendas parlamentares.
Em resposta às investigações da PF, a Voare alegou que a operação foi "ilegal" e que Renildo obteve uma decisão judicial favorável garantindo sua liberdade. O Ministério da Saúde não se manifestou sobre o contrato.
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