Em julho de 2022, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados (Republicanos), solicitou ao ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, que convencesse o então presidente Jair Bolsonaro (PL) a orientar a Advocacia Geral da União (AGU) a não contestar uma decisão judicial que restabeleceu sua elegibilidade. A informação foi extraída de mensagens encontradas no celular de Cid, às quais o UOL teve acesso, contendo 158 mil mensagens e mais de 20 mil arquivos.
A decisão favorável a Cunha veio do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que anulou os efeitos da cassação de seu mandato em 2016, permitindo que ele recuperasse seus direitos políticos. Em uma troca de mensagens datada de 22 de julho de 2022, Cunha escreveu a Cid: “Muito obrigada [sic], agradeça ao nosso presidente, diga a ele por favor que agora é a hora dele falar com a AGU, para não recorrer. Ele tinha pedido para eu avisar.” Cid respondeu: “Parabéns! Feliz em saber!”
Não há registro nas mensagens se Cid de fato passou o pedido a Bolsonaro. A AGU, então liderada por Bruno Bianco Leal, não apresentou recurso contra a decisão que devolveu os direitos políticos a Cunha. Naquele ano, o ex-deputado, conhecido por seu papel no impeachment de Dilma Rousseff (PT), concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados por São Paulo, obtendo 5.044 votos, mas não foi eleito.
Questionado pelo Poder360, Cunha optou por não comentar o caso.
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