Parlamentares da oposição no Brasil celebraram a recente decisão dos Estados Unidos de impor restrições de vistos a autoridades estrangeiras acusadas de censurar cidadãos norte-americanos. A medida, anunciada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na quarta-feira (28.mai.2025), gerou reações nas redes sociais, com deputados e senadores brasileiros associando as sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, embora não haja confirmação oficial de que ele esteja entre os alvos.
Rubio declarou que a nova política de vistos mira líderes e autoridades estrangeiras que, segundo ele, “atuam para minar os direitos de liberdade de expressão dos americanos”. Em sua conta no X, o secretário afirmou: “A liberdade de expressão é um pilar do estilo de vida americano, um direito que governos estrangeiros não podem violar. Estrangeiros que tentam censurar americanos não terão o privilégio de viajar aos EUA”. Ele destacou que países da América Latina estão entre os focos da medida, mas não revelou nomes específicos.
No Brasil, a oposição rapidamente conectou a decisão a Moraes. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou: “Hoje é o aniversário de Marco Rubio, mas o presente vai para o Moraes”. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou autoridades brasileiras, sugerindo que a Constituição foi “revogada por quem deveria protegê-la”. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por sua vez, respondeu ao post de Rubio, afirmando que o Brasil tem “muitos cúmplices de censura contra americanos” e que a medida reacende a esperança para defensores da liberdade. A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) provocou: “Já sentindo o peso do cancelamento de visto?”.
Rubio já havia mencionado preocupações com o Brasil em 21 de maio, durante uma audiência no Congresso americano. Questionado sobre possíveis sanções contra Moraes sob a Lei Magnitsky, ele respondeu que havia “grande possibilidade” de medidas contra autoridades envolvidas em censura e perseguição política. Na ocasião, o secretário apontou o que classificou como “repressão” no Brasil, incluindo a possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de impactos a cidadãos e jornalistas, inclusive em solo americano.
Embora o governo dos EUA não tenha divulgado uma lista oficial de alvos, Rubio reforçou que a medida busca proteger os direitos constitucionais dos americanos, mesmo no exterior. Até o momento, não há clareza sobre a inclusão de autoridades brasileiras nas sanções.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...