Em discurso na convenção nacional do PSB, realizada em Brasília no domingo (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, alvo de possíveis sanções dos Estados Unidos. Lula criticou a postura norte-americana, destacando que nunca fez comentários contra o sistema judiciário dos EUA, apesar de suas ações internacionais. “Eles promovem guerras e tantas coisas, e eu nunca critiquei. Por que querem julgar o Brasil?”, questionou o presidente.
A tensão com os EUA ganhou força após uma carta do Departamento de Justiça americano, que informou que ordens judiciais brasileiras, como as emitidas por Moraes, não têm validade em território norte-americano sem reconhecimento prévio.
A correspondência foi uma reação às decisões do ministro, que incluíram a suspensão da plataforma Rumble no Brasil em fevereiro, devido ao descumprimento de ordens judiciais. Entre as medidas exigidas, estavam a remoção do perfil do jornalista Allan dos Santos, o bloqueio de transferências financeiras a ele e a nomeação de um representante legal da empresa no Brasil.
Allan dos Santos, que vive nos EUA e é considerado foragido pela Justiça brasileira desde 2021, teve prisão preventiva decretada por Moraes no âmbito do inquérito das fake news, que apura a atuação de uma suposta organização criminosa voltada à disseminação de desinformação. No dia 21, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chegou a mencionar a possibilidade de sanções contra Moraes, intensificando o embate.
Lula, em sua fala, destacou a soberania brasileira e questionou a intenção dos EUA de interferir nas decisões do STF. “Querem processar o Alexandre de Moraes porque ele busca prender um brasileiro que, nos EUA, age contra o Brasil o tempo todo”, afirmou o presidente durante o evento do PSB.
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