Governo Lula avalia possibilidade de prisão domiciliar para Bolsonaro em caso de condenação

O caso do ex-deputado Nelson Meurer, condenado na Lava Jato e falecido em 2020 após ter pedidos de prisão domiciliar negados, é lembrado como um episódio delicado para o STF
Por: Brado Jornal 16.jun.2025 às 07h51
Governo Lula avalia possibilidade de prisão domiciliar para Bolsonaro em caso de condenação
(Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)

Fontes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e especialistas próximos ao Supremo Tribunal Federal (STF) discutem a possibilidade de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpra prisão domiciliar, caso seja condenado por suposta tentativa de golpe de Estado. A saúde debilitada de Bolsonaro, decorrente de uma facada sofrida em 2018 e complicações de cirurgias intestinais, é vista como um fator determinante para uma eventual decisão judicial nesse sentido.

Precedente e cautela do STF

O caso do ex-deputado Nelson Meurer, condenado na Lava Jato e falecido em 2020 após ter pedidos de prisão domiciliar negados, é lembrado como um episódio delicado para o STF. A situação gerou críticas à imagem da corte, e fontes indicam que o tribunal busca evitar um cenário semelhante com um ex-presidente. Esse precedente influencia as análises sobre como o STF pode lidar com o caso de Bolsonaro.

Estratégia da defesa e tom conciliador

Aliados de Bolsonaro reconhecem a possibilidade de uma condenação e já se preparam para negociar a prisão domiciliar. Durante depoimentos, o ex-presidente adotou uma postura mais amena, especialmente em relação ao ministro Alexandre de Moraes, numa tentativa de suavizar as tensões. Paralelamente, a defesa de Bolsonaro tenta desqualificar as acusações, utilizando mensagens atribuídas ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que questionam a condução do acordo de delação premiada e criticam o STF.

Perspectivas e desafios

Apesar dos esforços da defesa, aliados de Bolsonaro demonstram pouca confiança de que a anulação do acordo de Cid possa evitar uma condenação. O caso segue em andamento, com desdobramentos aguardados em breve, enquanto o governo Lula e o STF acompanham de perto os rumos do processo. A possibilidade de prisão domiciliar permanece como um ponto central nas discussões, refletindo a complexidade do julgamento de um ex-mandatário.



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