A Casa Branca anunciou, nesta quinta-feira (19), que o presidente Donald Trump decidirá em até duas semanas sobre uma possível intervenção dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã. A declaração surge após o Wall Street Journal revelar que Trump já teria aprovado planos de ataque contra alvos iranianos, incluindo a usina nuclear de Fordow, um complexo subterrâneo próximo a Qom, com 2.700 centrífugas capazes de enriquecer urânio a 60% — nível próximo ao necessário para ogivas nucleares, segundo a AIEA.
Karoline Leavitt, secretária de imprensa, citou Trump ao afirmar que a decisão depende de possíveis negociações com o Irã, que podem ou não avançar. “Tomarei minha decisão nas próximas duas semanas”, disse o presidente, conforme relatado. Na quarta-feira, Trump evitou confirmar planos de atacar instalações nucleares iranianas, limitando-se a dizer: “Talvez eu faça, talvez não. Ninguém sabe.”
A tensão escalou após a suspensão de negociações em Omã, iniciadas em abril e interrompidas por bombardeios israelenses. Trump criticou o Irã, afirmando que o país “deveria ter aceitado o acordo”. Na terça (17), em post na Truth Social, ele intensificou o tom, sugerindo que sabe onde o aiatolá Ali Khamenei está e que sua “paciência está acabando”, embora tenha negado, por ora, intenção de matá-lo.
O líder supremo iraniano, por sua vez, alertou que um ataque direto dos EUA terá “consequências irreparáveis” e prometeu retaliação. A possibilidade de uma guerra total no Oriente Médio preocupa aliados e adversários, enquanto republicanos se dividem sobre o envolvimento americano.
Os EUA já reforçam sua presença militar na região, com um terceiro contratorpedeiro no Mediterrâneo e um segundo grupo de porta-aviões a caminho. O Pentágono classifica o movimento como defensivo, mas analistas veem preparativos para um possível apoio a Israel em ataques contra Teerã. Apesar de ações indiretas, como interceptação de mísseis contra Israel, a Casa Branca considera opções mais agressivas, incluindo ataques diretos a instalações nucleares iranianas, segundo a Reuters.
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