A deputada federal Caroline De Toni (PL-SC), cotada para concorrer ao Senado em 2026, manifestou apoio à possível candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por Santa Catarina, em entrevista ao programa Rádio Revista Cidade, da Rádio Cidade FM, na quinta-feira (26.jun.2025). Ela rebateu a posição da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), que criticou a escolha de “políticos de fora” para o estado, afirmando que a discussão vai além do regionalismo. “O que está em jogo não é o bairrismo de Santa Catarina neste momento. O que está em jogo é a continuidade ou não das liberdades no Brasil. É a continuidade ou não da ditadura judicial que a gente vive”, declarou.
De Toni, que atribui sua eleição e reeleição com recorde de 227 mil votos à “onda conservadora” impulsionada por Jair Bolsonaro, elogiou a lealdade de Carlos. “Quantas pessoas se afiançaram no Bolsonaro para se eleger e depois viraram as costas para ele?”, questionou, destacando que a candidatura do filho do ex-presidente reflete seu apreço por Santa Catarina. “Eu, particularmente, sou suspeita para falar, porque, em primeiro lugar, sou extremamente grata ao presidente Bolsonaro por hoje estar deputada federal”, afirmou.
A parlamentar também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que 38 deputados federais enfrentam inquéritos por “palavras, críticas, opiniões dadas na tribuna no exercício do mandato”, o que poderia barrar suas candidaturas em 2026. Ela defendeu a necessidade de senadores alinhados para apoiar eventuais pedidos de impeachment de ministros do STF: “Não seria bom que os três senadores de Santa Catarina votassem pelo impeachment de um dos ministros, para retomar a democracia no Brasil?”
A possível entrada de Carlos Bolsonaro na disputa afeta as articulações da direita em Santa Catarina, especialmente as pretensões do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que também almejava o Senado ou o governo estadual. De Toni sugeriu que Rodrigues perdeu espaço ao confrontar o governador Jorginho Mello (PL). “Essa situação toda se criou inclusive por culpa do João Rodrigues. Bolsonaro disse: ‘João Rodrigues vai ao Senado, né?’. Mas João Rodrigues quis teimar e enfrentar o Jorginho”, disse. Para ela, a chapa de Jorginho com Carlos formaria uma “chapa bolsonarista” forte, podendo deixar Rodrigues sem candidatura ou restrito a uma disputa por vaga na Câmara dos Deputados.
De Toni acredita que o eleitorado catarinense, que deu a Bolsonaro a maior votação proporcional do país, garantiria a Carlos um desempenho expressivo. “Quando aparecer Bolsonaro na urna, o pessoal vai votar direto. Ele tende a ser o mais votado em Santa Catarina”, previu. A candidatura foi confirmada por Jair Bolsonaro, segundo o colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, após conversas com Carlos e Jorginho Mello.
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