Brasil responde a tarifas dos EUA com Lei da Reciprocidade Econômica

Lula refutou as alegações de Trump de que o comércio entre os dois países gera déficit para os norte-americanos
Por: Brado Jornal 09.jul.2025 às 20h41
Brasil responde a tarifas dos EUA com Lei da Reciprocidade Econômica

Em pronunciamento nesta quarta-feira, 9 de julho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o Brasil implementará a Lei da Reciprocidade Econômica (15.122/2025) como reação à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), de impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA.


Lula refutou as alegações de Trump de que o comércio entre os dois países gera déficit para os norte-americanos. Segundo o presidente, dados oficiais do governo dos EUA apontam um superávit de 410 bilhões de dólares a favor dos Estados Unidos no comércio de bens e serviços com o Brasil nos últimos 15 anos. “O Brasil é um país soberano, com instituições independentes, e não será tutelado por ninguém”, declarou Lula em nota oficial.


A Casa Branca justificou a nova tarifa mencionando o tratamento dado pelo governo brasileiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Trump, que afirmou ter “profundo respeito” por Bolsonaro, também acusou o STF de emitir “centenas de ordens de censura secretas e ilegais” contra plataformas de mídia americanas, ameaçando-as com multas milionárias e exclusão do mercado brasileiro. O presidente dos EUA alegou que as tarifas respondem a supostos ataques do Brasil a “eleições livres e direitos fundamentais de expressão”.


Em resposta, Lula defendeu a independência do Judiciário brasileiro, afirmando que o processo contra os envolvidos na tentativa de golpe é de competência exclusiva da Justiça nacional e não está sujeito a interferências externas. Ele destacou que a sociedade brasileira repudia conteúdos que promovam ódio, racismo, pornografia infantil, fraudes, golpes ou discursos contrários aos direitos humanos e à democracia. “No Brasil, liberdade de expressão não é sinônimo de agressão ou práticas violentas. Todas as empresas, nacionais ou estrangeiras, devem respeitar a legislação brasileira para operar no país”, concluiu o presidente.



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