Paulo Eduardo Martins, vice-prefeito de Curitiba, que trocou o PSC pelo PL em 2022 para concorrer ao Senado pelo Paraná com apoio de Jair Bolsonaro, manifestou-se contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Inicialmente alinhado à narrativa bolsonarista, Martins publicou na noite de quarta-feira (9.jul.2025) no X: “Parabéns ao consórcio Lula-STF. Por perseguição política, conseguiram inviabilizar o comércio com a maior potência econômica do planeta”.
Na sequência, o político sugeriu que a pressão econômica dos EUA poderia forçar o governo brasileiro a recuar e buscar um acordo com os americanos, defendendo que o Congresso tome a frente para “fazer o que deve ser feito”. Contudo, na tarde de quinta-feira (10.jul.2025), Martins ajustou seu discurso, criticando o impacto das tarifas sobre o setor produtivo nacional. Ele escreveu: “Não é punindo o Brasil que trabalha e produz que se atinge o Brasil que namora o que há de pior no mundo. Afinal, machucar o primeiro é fortalecer o segundo”. O vice-prefeito também propôs que “seria melhor a punição específica em figuras específicas”.
As declarações geraram reações negativas entre bolsonaristas. Paulo Figueiredo, um dos denunciados pela tentativa de golpe de Estado e residente nos EUA, criticou Martins, afirmando que “esperava um pouco mais de força” do político. Outros seguidores expressaram “decepção” com a mudança de tom. Recentemente afastado de Bolsonaro, Martins, que já integrou a chapa de Eduardo Pimentel (PSD) em Curitiba, mas viu o ex-presidente apoiar Cristina Graeml no segundo turno, é cotado para deixar o PL e migrar para o Novo, embora a mudança ainda não tenha se concretizado.
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