O deputado André Janones (Avante-MG) teve seu mandato suspenso por três meses pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, em decisão tomada na terça-feira (15.jul.2025). A medida, que ainda permite recurso ao plenário dentro de 24 horas, foi motivada por uma representação da Mesa Diretora da Casa, que acusou Janones de conduta “incompatível com o decoro parlamentar” após um bate-boca no plenário em 9 de julho. Janones confirmou, em entrevista, que apresentará recurso contra a suspensão.
A confusão começou quando o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), em discurso na tribuna, leu uma carta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Janones reagiu com críticas, sendo chamado de “rachadinha” por membros do PL. O tumulto exigiu intervenção do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e da Polícia Legislativa. Janones alegou ter sofrido “agressão física” por uma “tropa de choque bolsonarista” de 12 deputados, registrando queixa-crime e exame de corpo de delito.
No Conselho de Ética, o relator Fausto Santos Jr. (União-AM) recomendou a suspensão de três meses, reduzindo o pedido inicial da Mesa, que sugeria seis meses. O parecer aponta que Janones “ultrapassou os limites da liberdade de expressão e da imunidade parlamentar”, usando “insultos como ‘capachos’ e ‘vira-latas’” e uma “expressão de cunho homofóbico” durante o confronto.
Segundo o relator, a conduta de Janones demonstrou “dolo evidente e destempero proposital, LANGUAGE ultrajante, injuriosa e desrespeitosa” em sessão transmitida publicamente, afetando a honra do colega e a imagem da Câmara.
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