EUA abrem investigação contra Pix e comércio da 25 de Março

Governo Trump aponta práticas desleais que afetariam empresas americanas
Por: Brado Jornal 17.jul.2025 às 07h49
EUA abrem investigação contra Pix e comércio da 25 de Março
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
O Escritório do Representante do Comércio dos Estados Unidos (USTR) anunciou, na terça-feira (15.jul.2025), a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil, com foco no sistema de pagamentos Pix e no comércio informal na rua 25 de Março, em São Paulo. A ação visa apurar supostas práticas desleais que, segundo o governo de Donald Trump, podem comprometer a competitividade de empresas americanas nos setores de pagamentos digitais e comércio eletrônico.

De acordo com o documento do USTR, a investigação analisa políticas brasileiras que poderiam favorecer o Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil. “O Brasil parece se envolver em várias práticas desleais relacionadas a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a, favorecer seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, afirma o ofício. Além disso, o texto critica a proteção de propriedade intelectual no Brasil, destacando a persistência de produtos falsificados no mercado.

A rua 25 de Março, conhecida como um dos maiores centros de comércio popular do país, foi apontada como um ponto crítico. “A falsificação permanece generalizada porque as operações de fiscalização não são seguidas por remédios ou penalidades de nível dissuasivo e interrupção de longo prazo dessas práticas comerciais ilícitas. A área da rua 25 de Março permanece há décadas como um dos maiores mercados de produtos falsificados, apesar de operaciones direcionadas para esta área”, descreve o relatório.

O USTR também informou que examinará questões relacionadas a comércio eletrônico, tecnologia, taxas de importação e desmatamento. Com base nos resultados, o órgão poderá propor sanções comerciais ou negociações bilaterais para resolver os conflitos. Uma audiência pública sobre o caso está marcada para 3 de setembro. Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre a investigação, mas o tema já gera debates sobre os impactos econômicos e as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.


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