Nesta segunda-feira, 21 de julho de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu à Câmara dos Deputados para uma reunião do Partido Liberal (PL). Ao deixar o local, exibiu pela primeira vez a tornozeleira eletrônica que foi obrigado a usar por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em conversa com jornalistas, Bolsonaro classificou o dispositivo como um “símbolo de humilhação”, após evitar mostrá-lo em ocasiões anteriores.
Bolsonaro enfrenta uma ação penal no STF, acusado de integrar o núcleo central de uma tentativa de golpe de Estado em 2022. A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou sua condenação em 14 de julho de 2025, argumentando que ele “fomentou diretamente o caos social e a insatisfação” após perder a eleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A íntegra do documento da PGR está disponível em PDF (5,4 MB). Caso condenado, Bolsonaro pode enfrentar mais de 40 anos de prisão por crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito, dano qualificado com violência e deterioração de patrimônio tombado.
Originalmente, o ex-presidente planejava falar com jornalistas durante a visita ao Congresso, incluindo uma entrevista ao vivo ao portal Metrópoles, marcada para as 13h. No entanto, ele cancelou o compromisso pouco antes do horário, temendo ser preso, após Moraes proibi-lo de conceder entrevistas. A decisão judicial, que reforça a medida cautelar imposta em 18 de julho, considera que tais entrevistas violariam as restrições impostas. O Metrópoles anunciou a suspensão da entrevista, renomeando a transmissão para destacar o cancelamento motivado pelo “medo de prisão”.
Deixe sua opinião!
Assine agora e comente nesta matéria com benefícos exclusivos.
Sem comentários
Seja o primeiro a comentar nesta matéria!
Carregando...