O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou em entrevista a rádios em Barreiras, oeste do estado, nesta segunda-feira (28), que “a Bahia é um estado de paz”. A declaração veio três dias após o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025 revelar que o estado lidera o ranking nacional de homicídios, com mais de 6 mil mortes registradas no último ano. O relatório também apontou a polícia baiana como a mais letal do país, com 1.556 mortes em intervenções policiais.
Sobre o tema, Jerônimo destacou a sensibilidade da questão, negando que sua resposta fosse uma forma de esquivar-se do problema. “E não está localizado na Bahia”, afirmou, enfatizando que o crime organizado é um desafio nacional. Ele comparou a evolução das facções criminosas nas últimas décadas, observando mudanças no perfil do crime. “Há mais de 30, 40 anos atrás não era assim, era assado. Mas, também existia um outro tipo de crime, não é o mesmo que acontece hoje, o recurso e o uso de tecnologias não é mais o mesmo, a sociedade não é mais a mesma”, explicou.
O Anuário também indicou que a Bahia concentra cinco das dez cidades mais violentas do Brasil: Jequié (sudoeste), Juazeiro (norte), Camaçari e Simões Filho (Região Metropolitana de Salvador) e Feira de Santana (centro-norte). Ao considerar as 20 cidades mais perigosas com população igual ou superior a 100 mil habitantes, o estado aparece com nove municípios, incluindo Ilhéus, Porto Seguro (sul e extremo sul), Santo Antônio de Jesus (recôncavo) e Salvador.
Jerônimo contextualizou os dados, afirmando que o problema não é exclusivo da Bahia. “Não é só a Bahia que padece com isso. Outros estados sofrem e é muito”, disse, ao comentar o avanço do crime organizado.
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