Na noite de segunda-feira, 4 de agosto de 2025, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram uma carreata pelas ruas de Brasília em protesto contra a prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A decisão judicial, anunciada no mesmo dia, foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares impostas ao ex-mandatário.
O grupo de manifestantes também se reuniu em frente ao condomínio Solar de Brasília II, onde Bolsonaro reside, na capital federal. Lá, os apoiadores fizeram orações e pronunciaram discursos críticos a Moraes, expressando descontentamento com a ordem judicial. A carreata, que partiu da Torre de TV e percorreu vias da cidade, incluiu buzinaços de apoio e mensagens em defesa do ex-presidente, a quem chamaram de “líder”.
Segundo Moraes, a prisão domiciliar foi determinada porque Bolsonaro teria violado restrições judiciais ao coordenar, junto com seus filhos e apoiadores, publicações em redes sociais com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”. O ministro destacou que “não há dúvida de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a JAIR MESSIAS BOLSONARO, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus 3 filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos”.
O episódio que desencadeou a decisão foi a participação indireta de Bolsonaro em uma manifestação no Rio de Janeiro, no domingo, 3 de agosto. Durante o ato, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) usou um celular para transmitir uma mensagem do ex-presidente em viva-voz, o que foi interpretado por Moraes como uma tentativa de burlar as restrições impostas.
A ordem de prisão domiciliar inclui proibições como o uso de celular por Bolsonaro, direta ou indiretamente, e a restrição de receber visitas, exceto de advogados ou pessoas autorizadas pelo STF. Além disso, a Polícia Federal realizou busca e apreensão de aparelhos celulares na residência do ex-presidente na tarde de segunda-feira. A defesa de Bolsonaro afirmou que a decisão foi “surpreendente” e negou qualquer descumprimento, argumentando que ele não estava proibido de conceder entrevistas ou fazer discursos públicos.
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