Em Cansanção, município do nordeste baiano, a prefeita Vilma Gomes (MDB), conhecida como “A Mamãe”, pode ter seu mandato cassado em julgamento marcado para quarta-feira, 27 de agosto. A gestora enfrenta um recurso eleitoral devido a supostas irregularidades cometidas durante sua administração.
Segundo a Justiça Eleitoral, Vilma Gomes teria contratado servidores temporários durante o período de condutas vedadas, prática proibida em ano eleitoral. Além disso, é acusada de inflar matrículas no programa Educação de Jovens e Adultos (EJA), criando turmas fictícias com o objetivo de aumentar repasses federais. O processo relacionado às matrículas está parado, aguardando análise do INEP, do Ministério da Educação e da CGU. Dados apontam que Cansanção registrou 3.170 servidores contratados, representando 40% da população local matriculada.
Histórico de condenações e operação policial
A prefeita já enfrentou problemas judiciais anteriormente. Vilma foi condenada à prisão após a operação “Making Off”, que investigou irregularidades em sua gestão. Em julho, a Justiça Eleitoral manteve a cassação de seu mandato e do vice-prefeito, Rodrigo Pereira (PT), por abuso de poder político e econômico. A ação foi movida por Thaynara Pereira (Avante), candidata derrotada nas últimas eleições municipais.
A Justiça destacou que a prefeitura realizou contratações excessivas de servidores no final da gestão, em período eleitoral, e aumentou matrículas no EJA de forma irregular. Caso a cassação seja confirmada, Vilma ficará inelegível, e Cansanção deverá realizar uma nova eleição para escolher outro gestor.
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