A Polícia Federal prendeu Rosana Maciel Gomes, de 52 anos, no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, nesta quarta-feira, 27 de agosto de 2025. A mulher, condenada a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, estava foragida desde janeiro de 2024. Ela foi detida ao desembarcar de um voo vindo dos Estados Unidos, que transportava brasileiros deportados por entrada irregular no país, durante a gestão do presidente Donald Trump.
Rosana foi sentenciada por crimes como tentativa de golpe de Estado, associação criminosa, danos ao patrimônio público, depredação de patrimônio tombado e abolição violenta do Estado de Direito. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), ela participou da invasão de prédios públicos em Brasília, onde ocorreram atos de vandalismo, como a quebra de vidros, móveis históricos e obras de arte, incluindo um relógio trazido por D. João VI em 1808. Após ser presa em 2023, Rosana foi liberada sob a condição de usar tornozeleira eletrônica, mas fugiu do Brasil em 15 de janeiro de 2024, pela fronteira com o Uruguai, em Santana do Livramento (RS), a 2.145 km de seu endereço. De lá, seguiu para a Argentina e, em janeiro de 2025, tentou entrar nos EUA pela fronteira com o México, no Texas, onde foi detida por estar em situação migratória irregular.
Nos Estados Unidos, Rosana alegou ser vítima de perseguição política, mas as autoridades americanas a deportaram junto a outros imigrantes brasileiros. “Ao serem presos nos EUA, todos se dizem perseguidos políticos. Os americanos, contudo, não querem nem saber: enfiam num avião e mandam de volta ao Brasil,” informou uma fonte ao jornal O Globo. Ela é a terceira foragida dos atos de 8 de janeiro deportada pelo governo Trump em 2025. Após a prisão em Confins, Rosana passou por exame de corpo de delito e foi encaminhada ao sistema penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça.
O voo que trouxe Rosana ao Brasil partiu dos EUA na manhã de 27 de agosto, transportando outros brasileiros repatriados. A operação reflete a política migratória do governo Trump, que intensificou deportações de imigrantes em situação irregular desde sua posse em 20 de janeiro de 2025.
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