Em 2024, o Brasil recebeu um aporte de US$ 4,18 bilhões em investimentos de empresas chinesas, um crescimento expressivo de 113% em relação a 2023, conforme relatório do Centro Empresarial Brasil-China (CEBC). Esse é o maior valor registrado desde 2021, quando os investimentos alcançaram US$ 5,9 bilhões. O aumento reflete uma retomada significativa do interesse chinês no país, superando a alta de 33% observada em 2023 frente a 2022.
O setor de energia elétrica liderou os investimentos, com US$ 1,43 bilhão, representando 34% do total e uma alta de 115% em relação ao ano anterior. “Muitos desses investimentos foram realizados em energia eólica e solar por empresas chinesas que já estão instaladas no Brasil há muito tempo”, afirmou Tulio Cariello, diretor de pesquisa do CEBC. O segmento automotivo também se destacou, com US$ 575 milhões investidos, embora o crescimento tenha sido mais modesto, de 1% em comparação com 2023.
O estudo do CEBC, que adota uma metodologia diferente do Banco Central, registrou um valor bem superior aos US$ 306 milhões reportados pelo BC em 2024. Desde 2010, os investimentos chineses no Brasil já somam US$ 13 bilhões, com picos em anos de grandes projetos, como os de exploração de petróleo em 2021. Cariello destacou que os valores de 2021 foram inflados pela retomada econômica pós-pandemia e por aportes significativos no setor petrolífero.
Globalmente, os investimentos chineses cresceram 11% em 2024, com o Reino Unido liderando como maior receptor, com US$ 4,6 bilhões. No Brasil, o volume de US$ 3,21 bilhões, considerando apenas projetos acima de US$ 100 milhões, colocou o país em sexto lugar no ranking global, segundo o China Global Investment Tracker (Cgit).
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