O congressista norte-americano Rich McCormick, representante da Geórgia e membro do Partido Republicano, emitiu declarações fortes contra o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, prevendo punições severas para o ministro Alexandre de Moraes e todos os que apoiam suas ações na corte e no Congresso. A posição foi divulgada em postagem no X na sexta-feira (12 de setembro de 2025), logo após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por suposta tentativa de golpe de Estado.
McCormick qualificou o processo como uma "farsa política" orquestrada por um "painel fraudado" de cinco juízes, sem qualquer evidência de crime por parte de Bolsonaro, que teria sido punido apenas por questionar a integridade da eleição de 2022, realizada exclusivamente por meio eletrônico e marcada por controvérsias. Ele destacou que a sentença impede o ex-presidente de concorrer em 2026 e serve para destruir um "líder político inocente" e penalizar milhões de brasileiros que apoiam a liberdade e duvidam das urnas eletrônicas. "Esses bandidos criminosos do Supremo Tribunal Federal não merecem ser chamados de seres humanos decentes, muito menos de 'justices'", escreveu o deputado, referindo-se aos ministros como "criminal thugs".
O parlamentar apontou especificamente Moraes como um "violador de direitos humanos sancionado e conhecido odiador de Bolsonaro", além de criticar Cristiano Zanin, ex-advogado pessoal de Lula, e Flávio Dino, ex-ministro da Justiça do atual governo, por integrarem o colegiado. McCormick elogiou o voto do ministro Luiz Fux, que absolveu Bolsonaro e outros réus, afirmando que Fux demonstrou "coragem" ao reconhecer a acusação como "guerra política com o objetivo de destruir um homem inocente". "Os Estados Unidos não vão tolerar a escalada do totalitarismo no Brasil", enfatizou, citando o senador Marco Rubio e garantindo que "a justiça está chegando".
Essa não é a primeira intervenção de McCormick em assuntos brasileiros. Em fevereiro de 2025, ele acusou Moraes de "usar a Justiça como arma para fraudar as eleições de 2026", silenciando a oposição e protegendo o presidente Lula, em uma postagem que comparou a situação à perseguição sofrida por Donald Trump nos EUA. Na ocasião, McCormick reuniu-se com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, e enviou uma carta à Casa Branca solicitando sanções sob a Lei Magnitsky Global, que prevê congelamento de ativos, proibições de vistos e penalidades econômicas contra violadores de direitos humanos. Ele descreveu Moraes como uma ameaça aos interesses americanos, por censurar empresas dos EUA e violar a soberania digital.
Em março, após Eduardo Bolsonaro anunciar licença do mandato para permanecer nos Estados Unidos em uma campanha por sanções, McCormick mobilizou colegas no Congresso para reforçar o pedido, assinando outra carta com o deputado Mario Díaz-Balart e Rubio, mencionando a denúncia contra Jair Bolsonaro como exemplo de abuso. Em agosto, o congressista celebrou a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes pelo governo Trump, chamando-o de "grave violador de direitos humanos e corrupto" e alertando que "seus aliados são os próximos", com o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) garantindo a execução rigorosa.
McCormick, um veterano condecorado e médico de emergência, tem se posicionado como aliado da família Bolsonaro, participando de eventos conservadores e defendendo a democracia e a liberdade de expressão. Suas declarações geraram repercussão nas redes sociais, com milhares de interações, e refletem uma tensão crescente entre setores republicanos dos EUA e decisões judiciais no Brasil, especialmente em temas eleitorais e de direitos fundamentais. O deputado concluiu sua postagem recente afirmando que "a América está com o povo brasileiro" e que "o mundo está de olho".
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