Ministros de Lula utilizaram serviços de empresa aérea ligada a caso do PCC

Gleisi Hoffmann e Geraldo Alckmin viajaram em aviões da Táxi Aéreo Piracicaba, mas União Brasil nega envolvimento
Por: Brado Jornal 19.set.2025 às 09h59
Ministros de Lula utilizaram serviços de empresa aérea ligada a caso do PCC
Reprodução
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, e o vice-presidente Geraldo Alckmin, ambos membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, utilizaram aviões fretados da empresa Táxi Aéreo Piracicaba, que está sob investigação por supostas conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi confirmada por um piloto da companhia em depoimento à Polícia Federal (PF), onde afirmou que as aeronaves pertencem a Antonio de Rueda, presidente do União Brasil. Rueda, no entanto, nega qualquer vínculo com a empresa ou com as atividades ilícitas investigadas.

De acordo com as investigações, a Táxi Aéreo Piracicaba teria sido utilizada para transportar autoridades, incluindo Hoffmann e Alckmin, em compromissos oficiais e de campanha. O piloto declarou à PF que “Antonio de Rueda seria o dono das aeronaves”, mas o presidente do União Brasil refutou a acusação, afirmando que não tem relação com a empresa. A PF apura se a companhia, sediada em Piracicaba, São Paulo, estaria envolvida em atividades de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas ligadas ao PCC, uma das maiores facções criminosas do Brasil.

Documentos obtidos pela investigação revelam que a Táxi Aéreo Piracicaba operava voos para diversos políticos, mas não há, até o momento, evidências de que Hoffmann ou Alckmin tivessem conhecimento das supostas irregularidades da empresa. A utilização dos serviços ocorreu em diferentes ocasiões, incluindo deslocamentos para eventos políticos e agendas ministeriais. A PF continua analisando contratos e registros de voos para esclarecer a extensão do envolvimento da empresa com figuras públicas.

Gleisi Hoffmann, que também atua como ministra da Secretaria de Relações Institucionais, e Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, não se manifestaram publicamente sobre o caso até o momento. A defesa de Antonio de Rueda reforçou que as acusações são infundadas e que ele não possui qualquer participação societária ou operacional na Táxi Aéreo Piracicaba.

O caso ganhou destaque após a PF intensificar as investigações sobre a atuação do PCC em atividades que vão além do tráfico de drogas, como a infiltração em negócios aparentemente legítimos. A Táxi Aéreo Piracicaba está no radar das autoridades desde que foram encontrados indícios de que suas operações poderiam estar sendo usadas para movimentações financeiras suspeitas. A apuração segue em curso, com a PF buscando esclarecer se houve irregularidades nos contratos de fretamento e se outros políticos ou autoridades também utilizaram os serviços da empresa.

A investigação não aponta, até agora, qualquer envolvimento direto de Hoffmann ou Alckmin com as atividades ilícitas sob análise, mas o caso levanta questionamentos sobre a escolha de fornecedores por parte de figuras públicas e a necessidade de maior transparência nos contratos de transporte aéreo. O União Brasil, por meio de nota, reiterou que “Antonio de Rueda não é proprietário das aeronaves mencionadas” e que está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos.


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