Ligação entre Lula e Trump impulsiona queda do dólar para R$ 5,311

Diálogo presidencial abre caminho para negociações sobre tarifas e sanções
Por: Brado Jornal 07.out.2025 às 10h38
Ligação entre Lula e Trump impulsiona queda do dólar para R$ 5,311
© REUTERS/Bruno Domingos//Direitos reservados
Em meio a um telefonema entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos, o dólar comercial registrou desvalorização de 0,47% nesta segunda-feira (6 de outubro de 2025), terminando o dia cotado a R$ 5,311 na venda. A moeda variou entre uma mínima de R$ 5,308 e uma máxima de R$ 5,350 ao longo da sessão. Paralelamente, o Ibovespa, índice de referência da B3, apontava para baixa de 0,35% por volta das 17h05, fechando em 143.692 pontos. Esse cenário reflete um alívio no mercado financeiro, impulsionado pela sinalização de diálogo bilateral que pode reduzir incertezas diplomáticas e comerciais.

A conversa telefônica, descrita por Trump como "muito boa" em uma postagem nas redes sociais, focou na revisão de tarifas comerciais o chamado "tarifaço", com potencial para favorecer exportadores brasileiros. Lula solicitou a eliminação de barreiras tarifárias e o levantamento de sanções aplicadas a autoridades nacionais, como o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, visado pela Lei Magnitsky americana. Trump indicou interesse em um encontro pessoal com o líder brasileiro "em um futuro não muito distante", embora não tenha abordado diretamente questões como a revogação de vistos.

Pelo lado norte-americano, as tratativas serão lideradas pelo secretário de Estado Marco Rubio, que deve se engajar em discussões com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), além dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Esse avanço ocorre em um período desafiador para o comércio exterior do Brasil: o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços reportou o menor superávit comercial para um mês de setembro em uma década, com as vendas para os EUA encolhendo 20,3% em relação a setembro de 2024. Analistas veem na ligação um passo inicial para estabilizar fluxos econômicos bilaterais, embora os desdobramentos dependam de avanços concretos nas negociações.


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