Em entrevista à revista Veja, publicada nesta sexta-feira (17.out.2025), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguiria vencer uma eleição presidencial em 2026 caso a disputa chegue ao segundo turno. Pré-candidato à Presidência, Caiado defendeu que a existência de múltiplos candidatos da direita, como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Junior (PSD-PR), não é um sinal de fraqueza, mas uma estratégia que garantiria um segundo turno.
“As pesquisas mostram que a única chance de Lula vencer seria a oposição ter um único candidato no primeiro turno. A um ano da eleição, é impossível lançar um só nome. Nenhum de nós tem projeção nacional consolidada. Um candidato único seria alvo fácil das retaliações do governo”, argumentou Caiado. Ele destacou que, com quatro ou cinco pré-candidatos da direita, todas as simulações apontam para um segundo turno, onde, segundo ele, Lula não teria chances de vitória.
Pesquisa Genial/Quaest, divulgada em 9 de outubro, indica que Lula lidera tanto no primeiro quanto no segundo turno, mas enfrenta alta rejeição: 51% dos brasileiros afirmam que não votariam nele. Caiado, por sua vez, alcança entre 3% e 10% das intenções de voto no primeiro turno, conforme os cenários testados. Em um eventual segundo turno contra Lula, o governador goiano teria 31% dos votos, enquanto o presidente ficaria com 46%.
Caiado também fez críticas ao presidente do PP, deputado Ciro Nogueira (PI), que, apesar da federação formada em agosto entre PP e União Brasil, tem apoiado outros nomes para a disputa presidencial. “Ciro insiste em ignorar minha pré-candidatura. Nunca vi presidentes de partidos, como Gilberto Kassab ou Marcos Pereira, falarem mal de seus pré-candidatos”, afirmou. Ele acusou Nogueira de agir por interesses pessoais, buscando uma vaga de vice em chapas de Tarcísio ou Ratinho Junior devido à dificuldade de se reeleger senador no Piauí. “Isso reflete desespero e uma tentativa de se manter na política”, disparou.
Sobre a federação entre União Brasil e PP, Caiado afirmou que ela “ainda não está consolidada” e não foi aprovada pelo TSE. Ele enfatizou a autonomia de seu partido: “No União Brasil, quem comanda é Antonio Rueda, não Ciro Nogueira, que não tem expressão política para nos liderar.”
Caiado também revelou que tem dialogado com outros partidos, como Solidariedade e Podemos, para fortalecer sua pré-candidatura. “Construir alianças é essencial em qualquer eleição majoritária”, concluiu.
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