A presidência da Câmara dos Deputados, comandada por Hugo Motta (Republicanos-PB), e a assessoria da Casa não esclarecem se o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está barrado de participar das deliberações virtuais do Congresso.
Residente nos Estados Unidos desde março, o parlamentar alega impossibilidade de registrar presença e votos pelo aplicativo oficial, mesmo em plenárias não presenciais, e culpa a Câmara por restringir seu acesso remoto. Denunciado pela Procuradoria-Geral da República por coação, ele sustenta que sua estada no exterior decorre de perseguição política e enviou, em agosto, documento a Motta solicitando o exercício remoto do mandato.
Consultadas pela reportagem, as equipes de comunicação da Câmara e do presidente da Casa não informaram se há bloqueio ao acesso de Eduardo nem os motivos para tal medida. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera nos EUA uma ofensiva para que Donald Trump aplique sanções a autoridades brasileiras e impulsione tarifas sobre importações do Brasil, visando a libertação do pai, sentenciado a 27 anos por envolvimento em plano golpista.
Desde o fim de sua licença, em 20 de julho, Eduardo soma 37 ausências em 51 sessões realizadas, proporção superior a dois terços do total. A Constituição permite no máximo um terço de faltas para preservação do mandato, patamar já inalcançável para o deputado até o recesso de dezembro.
"Desde o início de agosto, tenho levado falta na Câmara. Inclusive, nas votações virtuais, que eu poderia participar [...]. Estou tentando resolver com ele [Motta], mas ao que parece as minhas presenças não estão contando, eu não sei por quê", declarou Eduardo em setembro ao site Poder 360.
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