Integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a concessão de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é apenas uma questão de tempo, mas dificilmente ocorrerá antes do fim do ciclo eleitoral de 2026.
De acordo com ministros e pessoas próximas ouvidas pela CNN, no momento atual o ministro Alexandre de Moraes não tem intenção de autorizar a transferência do regime fechado para o domiciliar. Dois fatores pesam contra a medida imediata: a necessidade de o STF manter uma postura de firmeza institucional e o episódio recente em que Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica, o que agravou sua situação.
Um dos principais temores manifestados na Corte é que, se receber prisão domiciliar agora, o ex-presidente possa buscar abrigo em alguma embaixada ou representação diplomática para escapar de eventual ordem de prisão mais severa.
Para o cenário pós-2026, porém, a visão muda. Magistrados reconhecem que as comorbidades de Bolsonaro – entre elas crises constantes de soluço e enjoo – podem justificar juridicamente a mudança para o regime domiciliar por razões humanitárias.
Mesmo assim, a cautela permanece. Na avaliação interna do STF, o momento mais seguro para conceder o benefício seria somente após o término das eleições presidenciais de 2026, para evitar que o ex-presidente utilize eventuais visitas em sua residência para gravar vídeos ou coordenar a disseminação de informações falsas por meio de aliados políticos, interferindo assim no pleito.
Bolsonaro cumpre prisão preventiva desde o dia 23 de novembro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Por enquanto, ele só pode receber visitas de advogados e familiares próximos.
Neste fim de semana, a baixa adesão de apoiadores a atos de rua em defesa do ex-presidente também chamou atenção de parlamentares da direita, que esperavam mobilização maior.
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