Nos últimos seis meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu sua popularidade nas redes sociais despencar, com a perda de um milhão de seguidores, segundo dados da consultoria Ativaweb. A queda, que reflete um crescente descontentamento popular, está associada a crises como as fraudes no INSS e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), além de declarações controversas da primeira-dama, Janja da Silva.
Repercussão negativa nas redes
Com 18,9 milhões de seguidores no Facebook e Instagram, Lula enfrentou seu pior momento em abril, quando perdeu 240 mil seguidores. O período coincidiu com a operação da Polícia Federal que revelou fraudes no INSS, gerando 2,88 milhões de menções nas redes, sendo 79% negativas. Termos como “roubo” e “governo omisso” dominaram o debate online, evidenciando a insatisfação com a gestão. O aumento do IOF também contribuiu para a rejeição, com 89% das menções ao governo carregadas de críticas, segundo a Ativaweb.
Alek Maracajá, professor da ESPM e CEO da consultoria, aponta que o escândalo do INSS foi o “estopim” de um desgaste já em curso. A ausência de uma comunicação governamental eficaz permitiu a disseminação de desinformação e memes, amplificando a indignação. Esse cenário impacta até mesmo regiões historicamente favoráveis ao PT, como o Nordeste, onde o aumento de menções negativas reflete um desafio político crescente.
Polêmicas envolvendo Janja
A primeira-dama Janja da Silva também enfrenta críticas intensas, com 60% das menções a ela nas redes sendo negativas, de acordo com a consultoria Palver. Declarações como a crítica ao TikTok durante um jantar com o presidente chinês Xi Jinping geraram 73% de rejeição online. Sua defesa de um modelo de regulação de redes sociais inspirado na China agravou a percepção negativa, alimentando narrativas da oposição que associam o governo a corrupção e aumento de impostos.
Desafios para o governo
As crises digitais têm reflexos além das redes, afetando a confiança na gestão de Lula e a estabilidade política do governo. A desaprovação crescente, especialmente em bases tradicionais do PT, pode trazer impactos eleitorais. Especialistas destacam a urgência de uma estratégia de comunicação mais ágil e assertiva para conter danos à imagem do governo e recuperar a confiança pública em um contexto de fragilidade econômica e social.
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