Com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pela primeira vez na história, as cinco principais economias latino-americanas serão comandadas simultaneamente por governos de esquerda.
O Brasil é a maior economia regional, seguida pelo México, de Andrés Manuel López Obrador. A Argentina elegeu em 2019 o peronista Alberto Fernández.
O esquerdista Gabriel Boric chegou neste ano ao poder no Chile, a quarta economia regional. O quinto lugar é ocupado pela Colômbia, de Gustavo Petro, que tomou posse em agosto.
“A época em que teve mais governos de esquerda foi 2011, salvo o Chile e a Colômbia, todo o restante tinha a bandeira vermelha. Não enxergo que seja uma questão de ganho da esquerda sobre a direita, eu observo que é um ganho da oposição em resposta ao governante”, avaliou o jornalista Gustavo Segré.
Os quatro vizinhos estiveram entre os primeiros a parabenizar Lula, com Petro se pronunciando antes mesmo de o resultado ser confirmado, ao publicar um “Viva Lula”.
Em seu primeiro discurso após o resultado, Lula disse que escuta de líderes internacionais que “o mundo sente falta” de um Brasil que trabalhou pela “integração da América do Sul, da América Latina e do Caribe”. Ele prometeu restabelecer alianças com esses países.
Fora isso, ainda há as ditaduras que Lula evita condenar, em Cuba (Miguel Díaz Canel), Nicarágua (Daniel Ortega) e Venezuela (Nicolás Maduro). “Eu considero um erro do Lula de não se manifestar contra as ditaduras, talvez por uma questão de amizade ou ideológica”, comentou o jornalista Gustavo Segré.
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