Assalto ao Louvre: joias históricas da realeza francesa são roubadas em ação ousada

Invasão cinematográfica na Galeria de Apolo choca Paris e mobiliza autoridades
Por: Brado Jornal 20.out.2025 às 08h27
Assalto ao Louvre: joias históricas da realeza francesa são roubadas em ação ousada
Foto: Julia Demaree Nikhinson/AP
Na manhã de 19 de outubro de 2025, o Museu do Louvre, em Paris, foi alvo de um roubo audacioso que resultou no fechamento temporário do espaço, o mais visitado do mundo. Criminosos levaram oito joias valiosas da Galeria de Apolo, que guarda relíquias da monarquia francesa, avaliadas em milhões de euros. A operação, descrita como "cirúrgica", durou apenas sete minutos e não deixou feridos.Detalhes do crimePor volta das 9h30 (horário local), cerca de 30 minutos após a abertura do museu, pelo menos quatro suspeitos executaram o plano. Dois deles acessaram o prédio pela fachada voltada para o Rio Sena, utilizando um guindaste montado em um caminhão para arrombar uma janela. Vestidos com coletes amarelos, possivelmente para se passar por trabalhadores, os ladrões quebraram vitrines na Galeria de Apolo e fugiram de moto com seus cúmplices, levando as peças."Hoje em dia, tudo pode estar ligado ao narcotráfico, dadas as somas significativas de dinheiro obtidas," disse Laure Beccuau, promotora de Paris, ao comentar a possibilidade de o crime estar conectado ao crime organizado ou a um colecionador privado.Peças roubadas e recuperadasDas nove joias inicialmente levadas, uma foi recuperada danificada em uma rua próxima ao museu: a coroa da imperatriz Eugênia, adornada com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas. Entre os itens ainda desaparecidos estão:

  • Um colar com oito safiras do Sri Lanka e mais de 600 diamantes, pertencente à rainha consorte Maria Amélia.
  • Coroa com safiras e quase 2.000 diamantes.
  • Colar e brincos da imperatriz Maria Luisa, com 32 esmeraldas e 1.138 diamantes.
  • Broche da imperatriz Eugênia, com 2.634 diamantes, adquirido pelo Louvre em 2008 por € 6,72 milhões (cerca de R$ 42,2 milhões).
O diamante Regent, de 140 quilates e avaliado em US$ 60 milhões (aproximadamente R$ 377 milhões), permaneceu intocado, sendo o item mais valioso da coleção.Reação das autoridadesO presidente francês, Emmanuel Macron, usou a rede social X para prometer justiça: "O roubo do Louvre é um ataque a um patrimônio que prezamos porque faz parte da nossa história. Recuperaremos as obras e os responsáveis serão levados à justiça."O ministro do Interior, Laurent Nuñez, destacou a sofisticação do crime: "Eles claramente fizeram um reconhecimento prévio. Parecem muito experientes. Essas joias tinham valor inestimável, eram um verdadeiro patrimônio." Já a ministra da Cultura, Rachida Dati, reforçou que ninguém foi ferido durante a ação.Investigação em cursoNenhum suspeito foi identificado ou preso até o momento. A polícia analisa imagens de câmeras de segurança e interroga funcionários do museu, investigando a possibilidade de envolvimento interno. Uma das hipóteses é que o roubo tenha sido encomendado por um colecionador, enquanto o envolvimento do crime organizado, possivelmente para lavagem de dinheiro, também é considerado.Relatos de testemunhasA brasileira Aline Lemos Ferreira, que estava na Galeria de Apolo, registrou o som de fortes pancadas na janela momentos antes da invasão. "Eu estava bem próxima da janela no momento, quando começou um barulho de batidas bem alto. Nesse momento a funcionária da sala já alertou todos para saírem correndo," relatou.Os brasileiros Karen Ligeiro Schlickmann, 31, e Danilo Carvalho Gomes, 36, descreveram a evacuação caótica. "Estávamos no nível 1 do museu, indo em direção à sala da Mona Lisa, quando percebi uma correria no sentido contrário. Acabou virando quase que uma manada de pessoas correndo," contou Danilo.Importância do Museu do LouvreO Louvre, que abriga mais de 33 mil obras, incluindo a Mona Lisa e a Vênus de Milo, é o museu mais visitado do planeta, com quase nove milhões de visitantes em 2024, 80% deles estrangeiros. A Galeria de Apolo, alvo do roubo, exibe tesouros da realeza francesa, como joias e relíquias históricas.O museu já foi cenário de outro roubo famoso: em 1911, a Mona Lisa foi levada por Vincenzo Peruggia, um ex-funcionário, e recuperada dois anos depois. O assalto de 2025 reacende preocupações sobre a segurança de acervos culturais de valor inestimável.O que ainda falta esclarecerA polícia segue investigando quem são os responsáveis, se houve facilitação interna e qual será o destino das joias roubadas. A recuperação das peças e a punição dos criminosos permanecem como prioridades, enquanto o mundo acompanha o desdobramento desse crime que abalou o coração cultural de Paris.


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