PF adia depoimento de Carla Zambelli sobre relação com hacker

Não há previsão de uma nova data
Por: Brado Jornal 07.ago.2023 às 15h48
PF adia depoimento de Carla Zambelli sobre relação com hacker
Foto: Lula Marques

A Polícia Federal adiou o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que estava marcado para a tarde desta segunda (7) após a defesa dela afirmar que não teve acesso aos autos da investigação. Segundo informou a assessoria do advogado Daniel Bialski à Gazeta do Povo, ainda não há uma nova data. 

Carla Zambelli seria ouvida no inquérito que apura a relação dela com o hacker Walter Delgatti, preso na semana passada durante a Operação 3FA em que a deputada também foi alvo de mandados de busca e apreensão em endereços em Brasília e São Paulo. 

Biaksi disse, na última sexta (4), que a deputada falaria à PF somente após ter acesso aos autos. 

A parlamentar negou qualquer envolvimento no esquema e disse que a única relação que tinha com o hacker Walter Delgatti foi para a contratação de serviços de tecnologia para o seu site pessoal. 

De acordo com as informações oficiais divulgadas pela Polícia Federal, a operação teve como objetivo de “esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP)”. 

Segundo a investigação, os crimes teriam ocorrido entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando dados falsos teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil. “Onze alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, afirmou a autoridade. 

As supostas inserções fraudulentas teriam ocorrido após uma invasão aos sistemas, com o uso de credenciais falsas obtidas de forma ilícita, “conduta mediante a qual o(s) criminoso(s) passaram a ter controle remoto dos sistemas”. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. 

Segundo as investigações da PF, Delgatti teria recebido R$ 13,5 mil da deputada para invadir os sistemas do CNJ, em transações financeiras por PIX feitas por dois assessores dela.



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