O Conselho de Ética da Câmara aprovou nesta quarta-feira (15) uma representação que pede a cassação do mandado do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018.
O parecer da relatora, deputada Jack Rocha (PT-ES), favorável à perda de mandato do congressista, foi aprovado por 16 votos a favor e 1 contrário.
Com a admissibilidade da representação aprovada, Chiquinho terá o prazo de 10 dias úteis para apresentar uma defesa escrita com provas de inocência para não perder o cargo.
A reunião do Conselho de Ética durou mais de 3 horas. Depois do veredito, congressistas do Psol comemoraram a decisão nas redes sociais.
“O processo pela cassação está, finalmente, aberto! Vamos até o fim: Justiça por Marielle! Abaixo as milícias!”, escreveu a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP).
“Que a Justiça seja feita e os envolvidos sejam responsabilizados”, disse Talíria Petrone (Psol-RJ).
A PRISÃO
Chiquinho Brazão foi preso em 24 de março deste ano, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle e de Anderson Gomes. A operação deflagrada pela PF (Polícia Federal) foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Por se tratar de um congressista eleito, a prisão do deputado deveria ser referendada pela Câmara. Em 10 de abril, por 277 a 129, a Casa Baixa aprovou a detenção do deputado. Nesse mesmo dia, o Conselho de Ética instaurou um processo de cassação de mandado contra Brazão.
O pedido foi feito pelo Psol, partido de Marielle, que declarou se tratar de “uma necessidade”. Segundo a legenda, cada dia que Brazão continua no cargo é “mais um dia de mácula e de mancha na história” da Câmara.
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