O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou nesta segunda-feira (13) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que recebeu um convite formal por e-mail para participar da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 20 de janeiro, em Washington. O ex-presidente, que está com o passaporte retido por decisão de Moraes, solicitou autorização para viajar, apresentando o convite como documentação oficial.
O ministro do STF havia exigido que Bolsonaro comprovasse sua inclusão na lista de convidados para o evento. Em resposta, a defesa de Bolsonaro apresentou um e-mail enviado pelo "correio eletrônico oficial" do cerimonial de Trump, com o domínio “t47inaugural.com”, e uma tradução juramentada da mensagem. No convite, assinado pelo Comitê de Posse de Trump, é estendido ao ex-presidente o convite para a cerimônia e o baile inaugural no dia 20 de janeiro.
Apesar da apresentação do e-mail, Moraes ainda questionou a autenticidade da correspondência, pois o convite havia sido enviado a Eduardo Bolsonaro por um endereço não identificado, sem detalhamento sobre o horário ou programação do evento. A defesa do ex-presidente argumentou que, devido à gravidade das consequências de possíveis omissões ou mentiras, a boa-fé da informação é garantida.
A solicitação de Bolsonaro para viajar aos EUA ocorre em meio a investigações no Brasil relacionadas aos atos de 8 de janeiro, que o incluem como alvo da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal. O passaporte de Bolsonaro foi retido desde fevereiro de 2024 como medida cautelar no caso.
Caso o STF autorize a viagem, a defesa de Bolsonaro se comprometeu a cumprir restrições, como fornecer comprovantes de ida e volta e manter a comunicação sobre sua agenda. Em um pedido anterior, Bolsonaro já havia tentado obter o passaporte para viajar a Israel, mas a solicitação foi negada por Moraes.
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