Gonet rebate acusações das defesas no julgamento do “núcleo 2”

Procurador afirma que argumentos de defesa contra sua atuação não têm base legal
Por: Brado Jornal 22.abr.2025 às 11h16
Gonet rebate acusações das defesas no julgamento do “núcleo 2”
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, respondeu, nesta terça-feira (22), às críticas das defesas dos denunciados no "núcleo 2" da tentativa de golpe de Estado, rebatendo os argumentos que pedem seu afastamento do caso. Segundo Gonet, as alegações dos advogados do ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, não possuem respaldo legal.

Em sua manifestação, Gonet afirmou que a defesa de Martins não se sustenta nas hipóteses legais que poderiam justificar seu afastamento. "O inconformismo da defesa com o posicionamento técnico do procurador-geral da República ao se manifestar sobre a prisão preventiva decretada contra Filipe Martins não se espelha nas hipóteses legais de afastamento do membro do Ministério Público", declarou.

O procurador também refutou as alegações de que estaria utilizando sua posição de forma abusiva para fins políticos, como afirmou a defesa de Martins. Segundo os advogados, Gonet estaria empregando sua autoridade para destruir a reputação de Martins e outros acusados, prejudicando-os de forma arbitrária. Gonet, porém, defendeu a denúncia, destacando o envolvimento dos acusados em cargos de alta relevância e sua participação nas ações que visavam reverter o resultado das eleições de 2022.

Neste julgamento, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) está analisando a denúncia contra seis acusados de integrar o “núcleo 2” da suposta tentativa de golpe de Estado. Entre os denunciados estão:

  • Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais; 
  • General Mário Fernandes;
  • Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques;
  • Coronel Marcelo Costa Câmara;
  • Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça;
  • e Fernando de Sousa Oliveira, ex-diretor de Operações do mesmo ministério.

O núcleo é acusado de ser responsável pela criação de uma 'minuta golpista' para tentar invalidar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também de conceber o “Punhal Verde e Amarelo”, um plano que envolvia assassinar autoridades, incluindo o presidente eleito, Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Durante o julgamento, a Primeira Turma do STF deve decidir se aceita ou não a denúncia da Procuradoria Geral da República e se dá início à ação penal contra os acusados. A análise inclui os papéis de cada um dos envolvidos na trama golpista, com foco nas ações que ocorreram após as eleições de 2022.



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